terça-feira, 24 de março de 2009
Ribalta na Terra Branca
Luz na Câmara em Ação – Terceiro Relato
A sessão ordinária do dia 23 de Março iniciou-se no horário previsto. Faltou o vereador Geto que não foi justificado. Um vereador, por mais anônimo que pareça, sempre fará falta. Recordo-me de um ditado: Não falte ao trabalho, pois o patrão poderá notar que você não faz falta!
Antes de iniciar procurei três vereadores para solicitar o endereço internauta dos mesmos sendo que, destes, um não tem, o outro quer privacidade e somente Erick torna público seus dois e-mails: erickmarcus@ibest.com.br e erick.marcus@hotmail.com, tornando-se, pois, dois canais a mais de acesso a ele. Erick comentou estar lendo o Blog e apreciando, bem como se mostrou intencionado em abrir uma lacuna desta ou para si ou para o partido local.
Interessante mesmo é o Erick ter a mãe a tiracolo nas reuniões. A sua coragem admirada, com certeza, deve-se sustentar na presença da “leoa”.
Numa caminhada, tanto pela Câmara ou pela Prefeitura, é evidente a desorganização no trato com os arquivos públicos. São pastas e mais pastas amontoadas em mesas e cadeiras sem a devida identificação de conteúdo. Nas portas de armários devem constar relações do que se tem dentro, no mínimo. Uma explanação de arquivologia seria boa pra todos.
Os microfones funcionaram perfeitamente, mas como dia de muito é véspera de nada, o plenário contou com oito gatos pingados e chegou ao ápice de presenças com o número de vinte e um espectadores. O maior problema é que o povo só se interessa por a legislação em causa própria. Na sessão do dia dezesseis, plenário lotado, havia pressão por parte da terceira idade e de parte do sistema educacional. Na atual sessão, quando foi suspenso, no meio da reunião, a tramitação do Projeto que regulava os plantões das farmácias, uma dezena de interessados retirou-se, outros cidadãos de uma causa só! Como se diz no Nordeste: Se a farinha é pouca meu pirão primeiro!
O projeto da Câmara Itinerante também não vingou. A idéia é louvável quando a cidade é grande, o que não é o caso de Goiandira. Talvez a realização de algumas sessões solenes, no Povoado do Veríssimo, seja interessante.
Numa conversa com Gilberto Leiteiro manifestei a hipótese das reuniões ordinárias serem feitas nas tardes de sábados para que o povo participasse mais e ele, cético, não acredita na presença do povo na Casa. Erick achou interessante, ainda mais que todos ali têm atividades paralelas ao mandato. Inclusive quero salientar as falas de Erick, Vino e Preguinho, sempre de pé. A maioria pede desculpas e permanece sentada devido ao cansaço certamente devido às atividades paralelas. A exceção deve-se a Clodoaldo que, além de intensas atividades “extra-câmara”, ainda é acometido de problemas de saúde.
O assunto da gravação das falas foi novamente tocado e a presidência disse ainda não conhecer o orçamento da Câmara, mas providenciará assim que tiver o dinheiro nas mãos, inclusive estipulou normatização de uso do telefone da Casa, com anotações rígidas do usuário, bem como tempo de fala.
Uma solução barata e democrática, já que o povo não vai à Câmara e a Câmara não vai ao povo, seria a transmissão da reunião pela Rádio Terra Branca.
A leitura da Ata levou dezoito minutos e não pude observar, em nenhum momento, alusão à presença maciça do povo no Plenário.
No Expediente, Francelino adentrou, e foi aprovado, com requerimento para construção de uma Praça na Rua Manoel Quirino Garcia, próximo ao Nego Mamede, no bairro São João. Interessante que, noutra reunião, tal local não cabia uma rotatória e agora abrigaria uma praça.
Pedro da Ambulância também teve aprovado requerimento de construção de rampa para acesso no Laboratório do Hospital.
Abrindo um parêntese quero comentar que atividades paralelas devam estar se aglutinando, pois no estacionamento encontrava-se uma ambulância e uma Kombi escolar.
Foi sancionado pelo Prefeito o Programa - Encantadores com Música na Saúde. Acredito que, nas visitas do PSF, um cortejo musical acompanhará as verificações das pressões, o que certamente causará alterações. No Hospital não deverão atuar, pois existem placas exigindo SILÊNCIO. O único lugar que pode funcionar é no laboratório, pois pode distrair quem será espetado. As igrejas, em visitação aos doentes, já fazem isto muito bem e de graça.
Foi aprovado, em segunda votação, a folga dos funcionários municipais no dia do aniversário de cada um, porém, com certeza, os funcionários clamam por folga no dia do pagamento nem que tal fosse compensado com horas a mais trabalhadas, pois é o dia de correr atrás de compras e dívidas.
Na suspensão do Projeto das Farmácias, Erick teceu comentários do porquê da suspensão, pois confessou não saber das implicações diretas no custo aos empresários do ramo e da necessidade de se fazer uma audiência tanto com o Ministério Público, Setor interessado e Conselho Regional de Farmácia.
Será que não seria necessário que os vereadores dessem plantão também na Câmara? Eu, por exemplo, não sei onde encontrá-los.
Preguinho, se não me engano, já havia pedido uma caixa de sugestões na Casa, o que ainda não ocorreu. Será que precisa de verba pra isto?
Nos pedidos verbais, Preguinho salientou da necessidade de se fazer parada coletiva na Praça e não em frente à Eli Modas e Presentes para toda ocasião!
Erick pediu sessões solenes para os aprovados em vestibular e para os trabalhadores, em primeiro de maio.
Gilberto Leiteiro pediu mais intensificação do executivo nas ações de coleta de lixo, principalmente em frente ao Numeguinho. Foi ajudado pelos colegas na colocação de placas de “Proibido Jogar Lixo” e aplicações de multas.
Goiandira precisa mesmo é de um disque-denúncia. Devido ao fato da cidade ser pequena a gente inibe a execução de direitos de cidadão para não ser execrado pelos vizinhos. Aqui nada fica no anonimato, tudo é difundido “boca-a-boca” e coitado do prefeito se aplicar multas, arranjará inimigos ferrenhos e eternos.
Boaron sugeriu, às entradas da cidade, a colocação do nome da cidade. Clodoaldo disse já ter cinco opções arquitetônicas em estudo, com envolvimento do Senador Marconi. Pedro da Ambulância disse que a verba, em convênio com a CEF, oriunda do Ministério do Turismo, pode alcançar a cifra de duzentos mil reais.
Tal declaração abriu um largo sorriso em Erick que frisou ser o Governo de Lula atuando no Município, onde tem o prefeito como adversário. Mal sabe ele que Lula tem que comprar os adversários, pois os aliados já estão comprometidos.
Acho que Goiandira, devido a sua arte, merece um nome no concreto e, se possível, um sobrenome como “DO COUTO”, bem como uma frase lapidar abaixo do nome. Que tal um concurso para tal frase, principalmente no meio escolar? Por exemplo, na entrada de Caldas Novas eu poria: Se quer sombra e água fresca, retorne a Goiandira! Kkkkk. (Por causa do lago que vamos ter.)
Boaron também solicitou e foi atendido em assunto referente à limpeza do campo de futebol no Setor Primavera.
Juninho pediu empenho da Prefeitura para ajudar na limpeza do Asilo São Vicente de Paulo, pois não está em boas condições. Clodoaldo disse que há a necessidade de se montar uma comissão, de preferência na Assistência Social, para intermediar tal ajuda. No local há uma gestão independente e que não podem estar se metendo. Preguinho ainda foi enfático que o local poderia auto se sustentar uma vez que eles alugam casas por lá, inclusive um empresário da cidade reside por lá pagando muito barato. Tais residências poderiam acudir exclusivamente a população carente.
Juninho exigiu mais sinalização no trânsito como placas de Pare e quebra-molas. Esqueceu de exigir habilitações, proibido buzinar, pedestres nas calçadas...
Clodoaldo salientou a necessidade de uma ação conjunta, em todos os planos, de um projeto de arborização da cidade, pois ensina as crianças e os adultos não correspondem. Juninho até comentou que o próprio Secretário do Meio Ambiente cortou duas árvores em frente à sua residência.
As árvores, de espécies específicas, devem ser plantadas sim, mas do lado que não há a rede elétrica. Em cada cova devem-se guiar as raízes, através de uma tubulação, para que as mesmas não quebrem calçadas. Seria estupendo se a rede elétrica fosse como Brasília – subterrânea!
Nas conclusões finais de fala, Preguinho queixou-se ao Presidente a injustiça sofrida por ter encerrado a última reunião em meio da sua fala, o que lhe rendeu vaias dos eleitores em plenário. Também culpou Erick, devido ao aparte concedido, e disse-lhe que não precisa mais contar com concessão de apartes, durante sua fala. Na Casa de Discussões, e brigas, ainda falou ter idade para ser pai do vereador Erick e que o admira como professor, mas que ele fosse mais brando. Também disse formar uma oposição inteligente e mandou abraços ao prefeito. (APLAUSOS de poucos, mas aplausos).
Erick, no seu tempo, entre alguns sorrisos discretos, agradeceu Preguinho e falou que vaias por vaias ele recebera muito mais. Também “puxou a orelha” do presidente, principalmente no restrito uso do telefax da Câmara e que não pode estar recorrendo à Prefeitura para fazer ligações.
Pedro disse que uma palavra quando sai não volta mais e que, a Câmara, tem condições de ser mais dinâmica e moderna. Também agradeceu a eficiência do prefeito ao atender um pedido seu.
O Secretário Gilberto fez críticas a Erick pela maneira de se pronunciar, principalmente à Secretária Nice. Disse ser novo na função, admitindo falhas, mas assume toda e qualquer responsabilidade da Secretaria. Disse que o presidente fez bem em findar a última reunião num momento não adequado, mas a mesma estava tomando outros rumos.
Boaron elogiou o bom senso do presidente experiente e criticou-o por estar tendo muita consideração com os membros da casa. Poderia ser mais rígido, o que não é e quando se faz autoridade é criticado. O tempo de cada um é regimental e deve ser objeto de medida. Disse ter sido procurado por eleitores a respeito de que no PT está havendo um “racha”, o que ele nega taxativamente, o que ocorre é a independência de opiniões.
Junior achou muito importante, na inauguração da nova sede do Conselho Tutelar, os presentes terem representados os três poderes.
Clodoaldo, apesar dos repasses milionários do Governo Federal, disse haver crise nos municípios devido à baixa geral do Fundo de Participação dos Municípios, vindo a mexer na estrutura do ensino, inclusive no projeto das vagas aprovadas na sessão anterior.
Às 21h30min o Presidente Vino findou a reunião dizendo que aquela fora uma reunião tranqüila em relação à passada. Disse que muitos esperavam ver ali um palco e o mesmo não aconteceu, pois ali não é uma casa de espetáculos. Desconhece os recursos, mas que os utilizarão com muita parcimônia e zelo.
Conclusão minha: Ali não é uma casa de espetáculo, mas deve ser espetada. Talvez a lona seja jogada sobre o plenário, onde ficam os verdadeiros palhaços, que nada recebem pra ali estarem. A Casa é a continuação do palanque... Ou o palanque não era um palco?
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1 comentários:
Suas descrições sobre as sessões da Câmara devem estar melhores que as atas que estão fazendo da mesma. Pede pro responsável pela ata dar uma lida no blog. Quem sabe assim ele se embasa na execução da mesma.
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