terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ninguém nasce grande



VERDADEIROS JORNALISTAS

            O Jornalista Márcio Marques, do Gazeta do Triângulo, generaliza a sua indignação com tabloides, talvez por covardia ou então ele seria Porta-Voz de alguma Associação de Grandes Jornais Receosos Araguarinos ou de meandros do Governo local. Hipótese levantada por que tal Governo, em qualquer tempo ou mandato, jamais será poupado pelo maior técnico em finanças públicas de Araguari. Antonio Marcos de Paulo é nosso maior patrimônio e o resto a gente vai melhorando.
            Talvez meus textos sejam incoerentes e repudiados, mas alguma coisa já desfilou pela Feira de Literatura Internacional de Parati, mas meu maior orgulho foi meu primeiro texto, em 1976, então com quinze anos, ter ocupado meia página deste jornal, Gazeta do Triângulo, ao qual nutro o maior respeito em qualquer tempo.
            Somos um tabloide, talvez de quinta, mas sai as sextas, enquanto pudermos, às nossas custas. Não vislumbramos um fim próximo, mas caso ocorra, teríamos que ter tentado e isto não foi como criado agora, instantaneamente, como diz o gazetense.
            Convidamos nosso amigo Aloísio Nunes de Faria, também do Gazeta, outra estirpe, para compor nosso grupo, mas o mesmo não vive mais só por ideal, mas principalmente pela remuneração. Quem sabe não podemos contratá-lo um dia!
            Eu me lembro do Gazeta de um homem só e um cubículo inóspito; olha o conglomerado de hoje! Benzadeus, é um negócio e tanto de poucos.
            Foi aquele libanês que, tipo por tipo, editou meu primeiro trabalho. Obrigado, Afif Rade! Nunca esquecerei a sua dactilografia com apenas os indicadores na rapidez e precisão decidactilar que eu tinha obtido, do outro lado da esquina, com a Latifa Cafrune. Você, Afif, era um tipógrafo movido pela perseverança, um ancestral desta imensa raça que povoa os noticiários temendo os visionários. Para uma criança intrometida, como eu, a tua cara sempre parecerá de um zangado. Vi você usando avental de couro e algo por sobre a têmpora, talvez um turbante, ou um boné, não me lembro direito, mas deve ser algo totalmente contraditório às convicções do intruso que frequenta asperamente as linhas do seu espólio numa arrogância de dono da verdade. Afif, se você “aparecesse” por aí, deste jeito, seria repudiado.

            Meu amigo Mario Nunes, dispa este seu sucessor da camisa da vaidade!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Onde houver água há vida


22/03 – Dia Mundial das Águas


                Há vinte e um anos a ONU, mui sabiamente, brindou o mundo com a Declaração Universal dos Direitos das Águas e este dia ficou consagrado a este líquido classificado em incolor, inodoro e insípido. Com o lugar merecido de pai sei que um bebê fala primeiro o nome da mãe e a seguir o nome da água. Mina é onde existe riqueza ou água.
            Os Direitos da Água, em visão criteriosa, talvez sejam mais importantes que os Direitos Humanos, afinal onde há água há vida, o que torna todo o planeta usuário.
            O progresso, em ritmo de lucro fácil, acabou por levar a níveis mínimos nosso estoque potável. Nossos mananciais tornaram-se esgotos industriais e acumuladores de poluentes domésticos, inclusive sólidos. A manipulação inadequada de pesticidas e extração de minérios destruiu espécies de nossos rios. Em breve estaremos na fase crítica de lidar com a escassez, coisa cotidiana de nossos irmãos nordestinos.
            A água, símbolo batismal em tantas crenças, ou benta ou fluídica, é pura mágica quando desce dos céus em disparada para o mar. Nada a aprisiona: ela fura pedras pra encurtar o caminho, mata a sede e é devolvida por animal ou vegetal, evapora, faz barulho, ilumina-se com raios e é soprada pelos ventos. Assim continua, como colocado nas Escrituras, tal como a Palavra de Deus criando novos caminhos e emoldurando montanhas.
            Em qualquer estado físico da matéria ela se encontra em pleno trabalho. Quando vapor, por exemplo, movimenta máquinas. Na forma líquida movimenta turbinas. Na forma sólida conserva a vida ou alimentos. Impulsionada rompe metais. É a maior ferramenta depois das nossas próprias mãos.
Os egípcios tinham três capitais à beira do Rio Nilo e, conforme suas cheias, eles iam mudando de capital, coisa que não aprendemos e, a cada chuva, desastres e prejuízos incalculáveis são atribuídos à calamidade e segue o bonde do esquecimento.
A mesma água que nos dá segurança alimentar remove as nossas montanhas e esburacam as nossas vidas devido à dependência de mandatários temporários descompromissados.
Não deixemos nossas águas passarem em brancas nuvens. As mulheres tornam-se, nesta luta diária de salvamento do planeta, em protagonistas ao cuidarem do lixo da maneira conveniente e do bom uso do líquido sagrado. Vamos beber bastante água, extensivo a todas as idades, mas sem esquecer que “dia de muito é véspera de nada”.