sábado, 14 de março de 2009
Para o dia da Poesia
Esta poesia é em homenagem a um amigo, o professor Edmar, eterno crente nos contos da carochinha. Não é métrica, mas exibo os vários tipos de rima e não-rima, bem como rima por dentro (último verso), sem ter deixado as palavras emendadas de fora como é o caso do trecho: Caro, chacal... (Carocha)
Carapuça ridícula
Estou cansado nesta vida
De ouvir gente metida,
Ainda berro, fora da linha:
- Sai de retro, carochinha!
Tenho um colo apropriado
Que mais parece um divã.
No tricô de muita lã
Muito conto carunchado.
Meu ouvido é porta aberta,
Mas não sou nenhum otário,
Morreram ontem, em hora certa,
Todos os contos do vigário.
Caro, Chacal que me rodeia
E bruxas das caras feias,
Nada valem verdades meias
Pra quem tem brio nas veias.
As mentiras que me contam
Vou comigo colecionando
Pra levar ao tribunal
E meu engano provar...
Põe com frieza na sepultura um afago:
Jaz e vago ao léu por ventura
E a pior conclusão da sorte minha: O céu,
Além da morte, maior conto da carochinha...
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