sexta-feira, 27 de março de 2009
Este programa tem que emplacar
OLHANDO COM O CORAÇÃO
Vi parte da fala do Lula a respeito do Programa de Habitação. Glória! Curvou-se aos levantamentos do IBGE.
Pela primeira vez olhei-o sem preconceitos e também não sei explicar a razão. Ele sempre me pareceu o Homem das Cavernas. O Lula tem um aspecto físico que não me agrada, sua voz parece rançosa, mas desta vez fui hipnotizado pelo transcendental, só pode.
Aquele sujeito, tido como pinguço, pareceu-me o mais lúcido dos seres humanos. O estereótipo de preguiçoso não correspondia àquele dinâmico “velhinho” que exigia rapidez e eficiência nas ações de todos os setores da máquina administrativa. Para concretizar os objetivos da moradia também abria portas às contribuições diversas – o que chamou de choque de gestão!
A capa do analfabetismo foi despida dando lugar a uma couraça da genialidade no momento que suplicava por projetos participativos.
Vi-o sair das sombras quando exigiu placas solares nas novas residências dos brasileiros!
Senti que até o mesmo é fragilizado pelas amarras da burocracia e delegou poderes em profusão e, acima de tudo, sem interesse eleitoreiro, pois deixou a Casa Civil de fora. De fora de uma fatia de bolo com recheio, cobertura e incrustada de morangos com cerejas.
Fala-se mundialmente na crise econômica que nos assola e que produz amarras, mas não devemos enfrentá-la ao relento.
A casa própria seria mais um legado daquele retirante que busca não a terra prometida, mas a construção da mesma.
O mais grave é que ele anda cambaleante, mas por causa das pedras que colocamos no seu caminho.
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