terça-feira, 31 de março de 2009
Luz na Câmara em ação
QUARTO RELATO
No dia 30 de março a reunião da Câmara durou exatas duas horas. Uma chuva fria e fina tornou-se obstáculo para preenchimento do Plenário a contento. Apenas os três expectadores sem falta: Sra. Raquel, eu e Gilson. O vereador Juninho faltou aos trabalhos.
A leitura da Ata durou onze minutos e Zezinho Boaron absteve-se em aprová-la, pois não chegou a tempo de ouvir toda a leitura, também se esperou apenas dez minutos de tolerância.
Foi feita leitura de sanção do Executivo a respeito da utilização de psicólogos no Ensino Municipal.
Pôs-se em debate e foi aprovado, pedido de Erick, relativo à concessão de Título de Cidadão Honorário de Goiandira ao Deputado Federal Rubens Otoni, expoente do PT goiano, cotado à governadoria estadual, pelos serviços prestados ao Município, principalmente na área da Educação com bolsas de estudos.
“O Titulo de "Cidadão Honorário" é outorgado por uma Câmara Municipal à pessoa física que não seja nascida na localidade e que notoriamente tenha prestado serviços no campo das atividades científicas, educacionais, culturais, esportivas, administrativas, religiosas, políticas e que tenha se distinguido de forma notável ou relevante, contribuindo, direta ou indiretamente, para o progresso e desenvolvimento do Município e para o bem-estar da coletividade.”
Também, por iniciativa do Professor Erick, foi fixada a data do dia 7 de abril, às 19 horas, na Câmara, para uma Audiência Pública sobre o Piso Nacional da Educação.
Clodoaldo apresentou requerimento, devidamente aprovado, a respeito de um transporte, duas vezes por semana, para beneficiar os moradores do Povoado do Veríssimo. A população do povoado foi barrada pelo Ministério Público de utilizar o transporte escolar. Zezinho acorreu de que poderia também verificar uma iniciativa privada de transporte com subsidio da Prefeitura. Gilberto Leiteiro salientou a dificuldade de, como motorista de ônibus, ser impedido de dar carona a um trabalhador braçal, em meio do caminho, com uma enxada nas costas.
Foi anunciada a eleição para composição de cinco membros do Conselho Tutelar local a ocorrer no dia 26 do corrente, conselho este encabeçado por Pedro Gilberto.
Erick ainda salientou a necessidade de se iniciar uma luta no sentido de buscar pra Região uma Delegacia da Mulher. Com início de debates é que se inicia um processo, exatamente como começou em Valparaíso, palavras de Erick.
Nas indicações verbais o Professo Erick cobrou o nome do Governo Federal nas placas das obras das quais tem participação, bem como o nome correto de Lula nas obras inauguradas.
Gilberto Leiteiro pediu para que se suavizem mais os quebra-molas, pois alguns estão, mesmo em baixa velocidade, pegando no assoalho dos carros.
Clodoaldo pediu para que fosse feito uma drenagem melhor na sua rua, bem como reparos nas calçadas, pois foram danificadas na feitura do asfalto.
Pedro da Ambulância discorreu sobre a necessidade de se adequar, com brevidade, um local para que carroceiros deixem o lixo, tipo entulho. Clodoaldo complementou para que se tenha o maior cuidado com o meio-ambiente na implantação da idéia.
Erick ainda indagou sobre a composição do Conselho da Mulher e do Idoso, no que Clodoaldo disse estar em andamento o Conselho do Idoso e que, logo após, iniciar a formação do Conselho da Mulher.
Erick também pediu para que se convide o Curso de História da UEG para viabilizar o arquivamento de documentos públicos na Câmara e Prefeitura. Sendo este um serviço gratuito e que rende pontos àquele departamento universitário.
Houve ainda, nas considerações finais, certo desencontro de idéias entre Zezinho e Érick, mas nada que solapasse a edificação de uma democracia clara e evidente.
Tutela com Cautela
Ilusão
Meu amigo Professor e Locutor Rodrigo, pré-candidato a uma vaga no Conselho Tutelar de Goiandira, ainda hoje colhi informações a respeito de tal pleito. Serão cinco vagas a serem preenchidas para o triênio de 2009 a 2012.
A votação acontecerá na Câmara de Goiandira, no dia 26 do corrente, no horário compreendido entre 08h00 e 17h00.
Requisitos:
- Idoneidade moral;
- Ter mais de dezoito anos;
- Residir no Município;
- Reconhecida experiência na área;
- Possuir o Ensino Fundamental;
- Não ocupar cargo eletivo;
- Apresentar atestado de antecedente criminal;
- Ter disponibilidade de tempo;
- Ter sido aprovado em entrevista do Ministério Público;
- Uma foto 5 x 7 para registro da candidatura.
As inscrições iniciaram no dia 30 de março e vão até o dia 09/04, no horário das 08h00 às 16h00, no Conselho Tutelar.
As atribuições do Conselho estão expressas no Art. 136 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o piso salarial é o salário mínimo.
São impedidos de pertencer ao mesmo Conselho: Marido e Mulher, ascendente e descendente, sogro e genro e nora, irmãos, cunhados, tios e sobrinhos, padrasto e madrasta ou enteado, bem como membros do Judiciário ou Poder Público.
Diante do exposto e das exigências tenho a comentar que será briga de gigantes por um troco. Você que vive na ilusão e na crença de poder contribuir muito à juventude, além da formação educacional, terá agora sua grande chance. Independente de quem seja a concorrência pode contar com meu voto.
A missão de proteger crianças e adolescentes neste mundo sem limites é talvez impossível, uma vez que a omissão da sociedade ou do Estado é freqüente. A conduta libertária da juventude de hoje leva-os a uma cultura distorcida de padrões estabelecidos ao longo da história da humanidade.
Um termo de responsabilidade sobre os filhos, assinado pelos pais, é uma exigência descabida, uma vez que é função dos mesmos, em primeiro lugar, zelar pelo bem-estar dos filhos ou daqueles sob sua guarda.
Em síntese, acredito que você será babá de adolescentes e eles hão de babar em quem quer que apareça.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Aparece, mas não é!
Os desviados de Goiandira
A legalidade na Administração às vezes leva o administrador a adotar posturas com aparência de corrupção.
Eu passei por isto no Exército. Durante quase toda minha vida na caserna fiquei lotado numa função de fotogrametrista, mas nunca trabalhei com isto. Trabalhei de fato na confecção de alimentação, pagamento de pessoal e em áreas de aquisição e liquidação.
Isto se chama desvio de função e se faz necessário pelo fato da dificuldade de mudar o quadro organizacional do ambiente público.
A execução de tarefas é um fator dinâmico indo sempre de encontro às estruturas rígidas dos quadros organizacionais.
Um grave desvio funcional seria de uma delegada, bem remunerada, estar exercendo praticamente a função de telefonista de político, baixa-renda, enquanto a Segurança Pública vai capengando.
O desvio, muitas vezes, pode beneficiar a máquina pública, como exemplo, um super secretário municipal de várias pastas, na teoria, recebendo um só vencimento, enquanto técnicos, de fato, executam a prática da função específica dos cargos.
É tipicamente aquilo de um fazer e o outro assinar.
Professor de História é locutor enquanto um louco, como eu, vai professando histórias.
O prefeito é um maestro. É batuta que vai regendo. Ele costuma atender pedidos, mas quem não grita, vai dançando conforme a música e nisto ele é professor também.
Vocabulário: Caserna – Quartel; Fotogrametrista – Aquele que mede distâncias de perspectivas fotográficas e determina o real tamanho dos objetos.
sábado, 28 de março de 2009
Trabalho Dignifica
PETICOLÉ
Estava eu em Nova Aurora, aguardando atendimento do Médium Alan Kardec, quando ouvi uma criança oferecendo picolés.
Era uma criança de olhos vivos, magra, mas disposta e um rostinho cândido bem corado.
Aquela atividade exercida pela criança também já fora meu ganha-pão. Não sei se eu era mais fraco ou se os carrinhos de picolé ficaram mais leves. Aquele goianinho tinha passadas mais rápidas que as minhas. Num instante, após meu chamado, ele já destampava o carrinho, dizendo:
- Tem de coco, tamarindo, coalhada, milho verde e limão. Dois por um real.
Garoto dinâmico, pois vira que éramos um casal e foi logo empurrando o preço de dois. Pra puxar conversa, comprei mais que dois.
Ele estava trajando, por ironia, uma camiseta do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Falei-lhe que estava errado ele trabalhar uma vez que era amparado pelo PETI. Disse-me que trabalhava após as aulas do PETI e que, depois das quatro da tarde, conseguia faturar até dez reais ao dia, quando o programa lhe rende apenas vinte e cinco por mês.
Ele não sabe, mas daquele momento em diante comecei a incluí-lo nos meus pensamentos e conversas com Deus.
Acho que é cultura, mas não consigo conceber esta idéia de castração do trabalho jovem.
Dizem ser direito da criança e que seu dispor deve estar voltado para a educação e lazer, mas por trás de tal máscara estão os propósitos mercantilistas estadunidenses. Mão de obra infantil é barata e faz preços de produtos finais caírem, favorecendo a concorrência aos países em desenvolvimento. Concorrência desleal se caracteriza quando somente um vende - isto sim.
A minha geração não foi poupada e, com isto, não houve desvirtuamento de atitudes, muito ao contrário.
A aventura humana é um trabalho sem fim. Aquele que se afasta do labor certamente torna-se uma pessoa morta.
Trabalhemos sete dias da semana, se preciso for, pois esta é a única arma contra quaisquer crises. Mais uma vez é o trabalho socorrendo o capital.
Deus trabalhou apenas seis e a conseqüência é um homem imperfeito.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Este programa tem que emplacar
OLHANDO COM O CORAÇÃO
Vi parte da fala do Lula a respeito do Programa de Habitação. Glória! Curvou-se aos levantamentos do IBGE.
Pela primeira vez olhei-o sem preconceitos e também não sei explicar a razão. Ele sempre me pareceu o Homem das Cavernas. O Lula tem um aspecto físico que não me agrada, sua voz parece rançosa, mas desta vez fui hipnotizado pelo transcendental, só pode.
Aquele sujeito, tido como pinguço, pareceu-me o mais lúcido dos seres humanos. O estereótipo de preguiçoso não correspondia àquele dinâmico “velhinho” que exigia rapidez e eficiência nas ações de todos os setores da máquina administrativa. Para concretizar os objetivos da moradia também abria portas às contribuições diversas – o que chamou de choque de gestão!
A capa do analfabetismo foi despida dando lugar a uma couraça da genialidade no momento que suplicava por projetos participativos.
Vi-o sair das sombras quando exigiu placas solares nas novas residências dos brasileiros!
Senti que até o mesmo é fragilizado pelas amarras da burocracia e delegou poderes em profusão e, acima de tudo, sem interesse eleitoreiro, pois deixou a Casa Civil de fora. De fora de uma fatia de bolo com recheio, cobertura e incrustada de morangos com cerejas.
Fala-se mundialmente na crise econômica que nos assola e que produz amarras, mas não devemos enfrentá-la ao relento.
A casa própria seria mais um legado daquele retirante que busca não a terra prometida, mas a construção da mesma.
O mais grave é que ele anda cambaleante, mas por causa das pedras que colocamos no seu caminho.
terça-feira, 24 de março de 2009
Ribalta na Terra Branca
Luz na Câmara em Ação – Terceiro Relato
A sessão ordinária do dia 23 de Março iniciou-se no horário previsto. Faltou o vereador Geto que não foi justificado. Um vereador, por mais anônimo que pareça, sempre fará falta. Recordo-me de um ditado: Não falte ao trabalho, pois o patrão poderá notar que você não faz falta!
Antes de iniciar procurei três vereadores para solicitar o endereço internauta dos mesmos sendo que, destes, um não tem, o outro quer privacidade e somente Erick torna público seus dois e-mails: erickmarcus@ibest.com.br e erick.marcus@hotmail.com, tornando-se, pois, dois canais a mais de acesso a ele. Erick comentou estar lendo o Blog e apreciando, bem como se mostrou intencionado em abrir uma lacuna desta ou para si ou para o partido local.
Interessante mesmo é o Erick ter a mãe a tiracolo nas reuniões. A sua coragem admirada, com certeza, deve-se sustentar na presença da “leoa”.
Numa caminhada, tanto pela Câmara ou pela Prefeitura, é evidente a desorganização no trato com os arquivos públicos. São pastas e mais pastas amontoadas em mesas e cadeiras sem a devida identificação de conteúdo. Nas portas de armários devem constar relações do que se tem dentro, no mínimo. Uma explanação de arquivologia seria boa pra todos.
Os microfones funcionaram perfeitamente, mas como dia de muito é véspera de nada, o plenário contou com oito gatos pingados e chegou ao ápice de presenças com o número de vinte e um espectadores. O maior problema é que o povo só se interessa por a legislação em causa própria. Na sessão do dia dezesseis, plenário lotado, havia pressão por parte da terceira idade e de parte do sistema educacional. Na atual sessão, quando foi suspenso, no meio da reunião, a tramitação do Projeto que regulava os plantões das farmácias, uma dezena de interessados retirou-se, outros cidadãos de uma causa só! Como se diz no Nordeste: Se a farinha é pouca meu pirão primeiro!
O projeto da Câmara Itinerante também não vingou. A idéia é louvável quando a cidade é grande, o que não é o caso de Goiandira. Talvez a realização de algumas sessões solenes, no Povoado do Veríssimo, seja interessante.
Numa conversa com Gilberto Leiteiro manifestei a hipótese das reuniões ordinárias serem feitas nas tardes de sábados para que o povo participasse mais e ele, cético, não acredita na presença do povo na Casa. Erick achou interessante, ainda mais que todos ali têm atividades paralelas ao mandato. Inclusive quero salientar as falas de Erick, Vino e Preguinho, sempre de pé. A maioria pede desculpas e permanece sentada devido ao cansaço certamente devido às atividades paralelas. A exceção deve-se a Clodoaldo que, além de intensas atividades “extra-câmara”, ainda é acometido de problemas de saúde.
O assunto da gravação das falas foi novamente tocado e a presidência disse ainda não conhecer o orçamento da Câmara, mas providenciará assim que tiver o dinheiro nas mãos, inclusive estipulou normatização de uso do telefone da Casa, com anotações rígidas do usuário, bem como tempo de fala.
Uma solução barata e democrática, já que o povo não vai à Câmara e a Câmara não vai ao povo, seria a transmissão da reunião pela Rádio Terra Branca.
A leitura da Ata levou dezoito minutos e não pude observar, em nenhum momento, alusão à presença maciça do povo no Plenário.
No Expediente, Francelino adentrou, e foi aprovado, com requerimento para construção de uma Praça na Rua Manoel Quirino Garcia, próximo ao Nego Mamede, no bairro São João. Interessante que, noutra reunião, tal local não cabia uma rotatória e agora abrigaria uma praça.
Pedro da Ambulância também teve aprovado requerimento de construção de rampa para acesso no Laboratório do Hospital.
Abrindo um parêntese quero comentar que atividades paralelas devam estar se aglutinando, pois no estacionamento encontrava-se uma ambulância e uma Kombi escolar.
Foi sancionado pelo Prefeito o Programa - Encantadores com Música na Saúde. Acredito que, nas visitas do PSF, um cortejo musical acompanhará as verificações das pressões, o que certamente causará alterações. No Hospital não deverão atuar, pois existem placas exigindo SILÊNCIO. O único lugar que pode funcionar é no laboratório, pois pode distrair quem será espetado. As igrejas, em visitação aos doentes, já fazem isto muito bem e de graça.
Foi aprovado, em segunda votação, a folga dos funcionários municipais no dia do aniversário de cada um, porém, com certeza, os funcionários clamam por folga no dia do pagamento nem que tal fosse compensado com horas a mais trabalhadas, pois é o dia de correr atrás de compras e dívidas.
Na suspensão do Projeto das Farmácias, Erick teceu comentários do porquê da suspensão, pois confessou não saber das implicações diretas no custo aos empresários do ramo e da necessidade de se fazer uma audiência tanto com o Ministério Público, Setor interessado e Conselho Regional de Farmácia.
Será que não seria necessário que os vereadores dessem plantão também na Câmara? Eu, por exemplo, não sei onde encontrá-los.
Preguinho, se não me engano, já havia pedido uma caixa de sugestões na Casa, o que ainda não ocorreu. Será que precisa de verba pra isto?
Nos pedidos verbais, Preguinho salientou da necessidade de se fazer parada coletiva na Praça e não em frente à Eli Modas e Presentes para toda ocasião!
Erick pediu sessões solenes para os aprovados em vestibular e para os trabalhadores, em primeiro de maio.
Gilberto Leiteiro pediu mais intensificação do executivo nas ações de coleta de lixo, principalmente em frente ao Numeguinho. Foi ajudado pelos colegas na colocação de placas de “Proibido Jogar Lixo” e aplicações de multas.
Goiandira precisa mesmo é de um disque-denúncia. Devido ao fato da cidade ser pequena a gente inibe a execução de direitos de cidadão para não ser execrado pelos vizinhos. Aqui nada fica no anonimato, tudo é difundido “boca-a-boca” e coitado do prefeito se aplicar multas, arranjará inimigos ferrenhos e eternos.
Boaron sugeriu, às entradas da cidade, a colocação do nome da cidade. Clodoaldo disse já ter cinco opções arquitetônicas em estudo, com envolvimento do Senador Marconi. Pedro da Ambulância disse que a verba, em convênio com a CEF, oriunda do Ministério do Turismo, pode alcançar a cifra de duzentos mil reais.
Tal declaração abriu um largo sorriso em Erick que frisou ser o Governo de Lula atuando no Município, onde tem o prefeito como adversário. Mal sabe ele que Lula tem que comprar os adversários, pois os aliados já estão comprometidos.
Acho que Goiandira, devido a sua arte, merece um nome no concreto e, se possível, um sobrenome como “DO COUTO”, bem como uma frase lapidar abaixo do nome. Que tal um concurso para tal frase, principalmente no meio escolar? Por exemplo, na entrada de Caldas Novas eu poria: Se quer sombra e água fresca, retorne a Goiandira! Kkkkk. (Por causa do lago que vamos ter.)
Boaron também solicitou e foi atendido em assunto referente à limpeza do campo de futebol no Setor Primavera.
Juninho pediu empenho da Prefeitura para ajudar na limpeza do Asilo São Vicente de Paulo, pois não está em boas condições. Clodoaldo disse que há a necessidade de se montar uma comissão, de preferência na Assistência Social, para intermediar tal ajuda. No local há uma gestão independente e que não podem estar se metendo. Preguinho ainda foi enfático que o local poderia auto se sustentar uma vez que eles alugam casas por lá, inclusive um empresário da cidade reside por lá pagando muito barato. Tais residências poderiam acudir exclusivamente a população carente.
Juninho exigiu mais sinalização no trânsito como placas de Pare e quebra-molas. Esqueceu de exigir habilitações, proibido buzinar, pedestres nas calçadas...
Clodoaldo salientou a necessidade de uma ação conjunta, em todos os planos, de um projeto de arborização da cidade, pois ensina as crianças e os adultos não correspondem. Juninho até comentou que o próprio Secretário do Meio Ambiente cortou duas árvores em frente à sua residência.
As árvores, de espécies específicas, devem ser plantadas sim, mas do lado que não há a rede elétrica. Em cada cova devem-se guiar as raízes, através de uma tubulação, para que as mesmas não quebrem calçadas. Seria estupendo se a rede elétrica fosse como Brasília – subterrânea!
Nas conclusões finais de fala, Preguinho queixou-se ao Presidente a injustiça sofrida por ter encerrado a última reunião em meio da sua fala, o que lhe rendeu vaias dos eleitores em plenário. Também culpou Erick, devido ao aparte concedido, e disse-lhe que não precisa mais contar com concessão de apartes, durante sua fala. Na Casa de Discussões, e brigas, ainda falou ter idade para ser pai do vereador Erick e que o admira como professor, mas que ele fosse mais brando. Também disse formar uma oposição inteligente e mandou abraços ao prefeito. (APLAUSOS de poucos, mas aplausos).
Erick, no seu tempo, entre alguns sorrisos discretos, agradeceu Preguinho e falou que vaias por vaias ele recebera muito mais. Também “puxou a orelha” do presidente, principalmente no restrito uso do telefax da Câmara e que não pode estar recorrendo à Prefeitura para fazer ligações.
Pedro disse que uma palavra quando sai não volta mais e que, a Câmara, tem condições de ser mais dinâmica e moderna. Também agradeceu a eficiência do prefeito ao atender um pedido seu.
O Secretário Gilberto fez críticas a Erick pela maneira de se pronunciar, principalmente à Secretária Nice. Disse ser novo na função, admitindo falhas, mas assume toda e qualquer responsabilidade da Secretaria. Disse que o presidente fez bem em findar a última reunião num momento não adequado, mas a mesma estava tomando outros rumos.
Boaron elogiou o bom senso do presidente experiente e criticou-o por estar tendo muita consideração com os membros da casa. Poderia ser mais rígido, o que não é e quando se faz autoridade é criticado. O tempo de cada um é regimental e deve ser objeto de medida. Disse ter sido procurado por eleitores a respeito de que no PT está havendo um “racha”, o que ele nega taxativamente, o que ocorre é a independência de opiniões.
Junior achou muito importante, na inauguração da nova sede do Conselho Tutelar, os presentes terem representados os três poderes.
Clodoaldo, apesar dos repasses milionários do Governo Federal, disse haver crise nos municípios devido à baixa geral do Fundo de Participação dos Municípios, vindo a mexer na estrutura do ensino, inclusive no projeto das vagas aprovadas na sessão anterior.
Às 21h30min o Presidente Vino findou a reunião dizendo que aquela fora uma reunião tranqüila em relação à passada. Disse que muitos esperavam ver ali um palco e o mesmo não aconteceu, pois ali não é uma casa de espetáculos. Desconhece os recursos, mas que os utilizarão com muita parcimônia e zelo.
Conclusão minha: Ali não é uma casa de espetáculo, mas deve ser espetada. Talvez a lona seja jogada sobre o plenário, onde ficam os verdadeiros palhaços, que nada recebem pra ali estarem. A Casa é a continuação do palanque... Ou o palanque não era um palco?
domingo, 22 de março de 2009
Dia Mundial das Águas e o vendedor de lote
Vende-se um lago!
Terminei a primeira leitura do livro “O vendedor de Sonhos – O Chamado”, de Augusto Cury – S E N S A C I O N A L !
Também estou a vender um sonho, um lago que parece distante, mas não está. Creio fortemente e trabalho por isto. Um lago é algo mais que extraordinário. É dar oportunidade para vida, para o lazer, para a filosofia, para o verde.
Participei da construção de alguns e as dúvidas das margens são uma tônica interminável: Vai inundar minha casa? Vai ser fundo? Vai ser largo? Poderá pescar?
Vai. Com a água tudo é possível enquanto que sem ela...
A água, desde a gota que cai até o oceano, nunca é nuvem passageira. “Águas passadas não movem moinhos” é um ditado de efeito, porém mentiroso. O ciclo das águas é um vai-e-vem sem fim, inclusive a água jordaniana que batizou Jesus continua com a missão fecunda de dar sempre uma nova vida. Talvez Ele até tenha pensado assim: Minhas palavras são como as águas que sempre passarão dando vida a todos!
Em Brasília convivi com um lago enigmático, profético e famoso – o Paranoá, traçado por gênios. Ele é capital para aquela Capital!
Em Araguaína existe um lago todo feito por um só homem.
Em Goiandira existe um lago escritural aguardando a sua oportunidade de encher. O anteprojeto data do ano de dois mil e cinco. Tomei-o nas mãos e discuti com o prefeito algumas mudanças. A profundidade, em si sendo um lago só, encarece uma barragem gigantesca com a parede acima de doze metros de altura. A idéia dele de se fazer mais de um lago, um desaguando em degrau no outro, é genial, pois assim excluiriam da desapropriação algumas áreas edificadas. Antes de se abrir as torneiras um saneamento básico deverá ocorrer com os pontos de vazões de esgoto, mas nada faraônico.
Meus trabalhos em prol de tal lago são voluntários e não eles durarão apenas uma administração, se necessário for. O que eu não souber fazer, eu sei quem faz, como exemplo, um arquiteto e urbanista de Araguari, autor do Blog “Olhar Urbano”.
O lago em si pode não causar interesse em alguns poucos, mas acontece que o mesmo está circundado de um parque.
Neste parque projetam-se tapiris pra fazerem a vez de lanchonetes. Às margens do lago, com taludes gramados, uma passarela aos caminhantes e ciclistas se estende por toda a orla. Aos mais dispostos certa aparelhagem de ginástica se distribui ao longo do percurso. Bosques “apassarados” e frondosos, com crianças nos parquinhos, será a algazarra maior da paisagem, “nunca antes vista na história de Goiandira”.
O Jardim Progresso terá um manancial, fonte de inspirações!
Antes que o lago transforme-se numa realidade mais palpável e os preços dos terrenos adjacentes cresçam assustadoramente, quero anunciar, em primeira mão, um lote de quase quinhentos metros quadrados, com doze metros de frente por dez mil reais. Tal lote, ainda pertencente à minha cunhada, Professora Nita, seria meu com este valor subestimado, mas tanto eu quanto ela, estamos às voltas com obras noutros locais, o que tem consumido nosso patrimônio e reservas.
O preço é à vista e não se paga nem a vista que se terá.
Neste Dia Mundial das Águas tenha um pé no chão e outro não, um chão que seja seu com peixes como vizinhos de fundo, gorjeios e azul sem fim por cima e o seu lado, direito e esquerdo, outros vizinhos felizardos, mas corra, pois o Paraíso é somente para os bons...
Diário de um Poeta - Capítulo Terceiro
APRECIADOR ATRASADO
Quando para a escola ia,
Oh! Meu Deus que alegria!
Eu ia apreciando...
E o caminho decorando
Passava perto da igreja,
Era uma beleza.
Passava defronte um bar,
Alegre, me punha a cantar
Eram belas canções
Que minha mãe me ensinou!
Cantávamos como ninguém,
Porque mais ninguém as cantou...
Passando pelo mato,
Via seu verdume,
E passando pelo lago,
Via o seu cardume!
O sol nascia!
Linda nascente!
O sol iluminava
A minha mente...
Lembrei que tarde já estava,
E corri assustado!
O tempo não dava,
Cheguei atrasado.
Fui à professora falando:
Deixe me entrar...
Não deixou; estava me castigando...,
Pois todo dia eu chegava àquela hora,
Mas, Meu Deus, foi a primeira vez
Que ela mandou-me embora?
...
IDÉIA NEGATIVA
Na época de Natal, os meninos ricos,
Lá fora, engrandecem de alegria!
E eu, aqui dentro, tristinho,
Desabo a chorar baixinho...
Meu pensamento vazio
Começa a se encher...
...Surge a idéia de posse!
Bum... Tudo desaparece
Deus tirou naquele momento
A idéia de roubo mesquinho.
Tudo começa de novo:
...Vou chorar no meu cantinho...
...
ALEGRIA E POESIA
Naquele recinto distante,
Ouvem-se gritos de salvas e vivas;
Alguém neste instante,
Comemora uma data festiva?
É noite enluarada,
Tudo e todos se manifestam.
Enquanto procuram se alegrarem
Eu faço a poesia...
Se eu a faço de noite,
Não tive tempo de dia.
...
A VIDA
Na vida pensas que és o maioral,
Porque na sociedade tem valor,
Pois eu acho muito maior
Um mendigo que tem amor
Dinheiro aqui na Terra,
Compra quase tudo que quiser;
Só não compra o amor,
Porque só o tem, quem o bem quer
Não sejas exibido
Se na vida não lutou
Para ganhar o pão;
Que de seu pai herdou.
Dinheiro... Dinheiro!...
É por isso que o pobre luta
E trabalha o mês inteiro!
Na luta pela sobrevivência, no Paraíso,
Vence quem tem alma, amor e caridade
Os orgulhosos não vencem,
Porque vivem na ambição e maldade!...
...
TEU CAMINHO É INCERTO
Antes de tudo morrer,
Antes de tudo acabar,
Eu tenho ainda que te avisar
Melhor que eu não vais encontrar
Ninguém vai te suportar
Como eu te suportei
Teus luxos e vontades
São coisas pra rei
Onde despertaste essa fome
Juro que não sei
Tento puxar-te para estrada
Mas tua vida é um conto de fada
Onde os caminhos têm que ser encantados
E que se anda estando parado.
As paradas devem ser divertidas
Como as arenas em nosso passado.
Nesta estrada sem rumo
Não ficam pegadas para voltar
Não tem nem mesmo esquina
A sina é continuar.
Todo seu gosto hipócrita
Irá se realizar
Não haverá coisas novas
Para um sádico sorriso arrancar
Teu castelo de pedra
Vai se arruinar
Todas as riquezas
Valor algum terá.
Mude seu jeito de ser
Mude seu modo até então vivido
Para não se procurar
Quando notares que estás perdido
Espero que não seja preciso
Outro te avisar
Que seguir é proibido,
Mas que se pode burlar.
Deus te deu a vida
Para fazeres o que bem entender,
Mas na hora suprema
Ele sabe o que fazer.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Aristeu Hipócrita
O meu partido
Durante toda a vida castrense se é castrado dos direitos cidadãos. Ao militar não é permitido, entre outros, filiação a partidos políticos. Com isso aprendi a admirar os homens públicos como Tancredo, Ulisses e Joaquim Roriz. Dois estão mortos e o outro eu quero matar.
Simpatiza então com o PMDB, mas não era fiel e divorciei-me sem nunca ter constituído qualquer laço.
Pra mim os partidos deveriam ser desfeitos após cada eleição e a seleção dos eleitos formaria um time.
Minha única admiração pelo PT é devido à sua militância, incansável e obstinada, chegando a ser fanática. Ela é mais do que torcida organizada e produz resultados.
Ideologicamente talvez o Partido Verde se encaixe no meu perfil ou vice-versa. Precisamos da eutanásia na Natureza que está na UTI. Estamos suicidando e matando. Somos homens-bomba. Será que se o homem se tornar um animal extinto, a natureza se equilibre?
Tomar partido é difícil porque este nosso mundo é dicotômico e força-nos a um posicionamento social evidenciado: Ou se é esquerda ou direita, religioso ou ateu, ocidental ou oriental.
Como não posso mudar ninguém, de imediato, procuro me travestir daquilo que é o meu próximo e a partir de então se estabelecerá a sintonia para outras frequências.
Como gosto de relatar fatos, a verdade, como conceito, é de fácil aplicação, pois nada mais é do que retratar o momento. É verdade que com o recurso do “enfeite gramatical” a gente pode melhorar a imagem. Piorar a imagem é coisa da mentira. A mentira fica então definida como mascaramento ou desvirtuamento do fato.
Aos cristãos de todos os credos é sabido que o próprio Cristo tinha preferência por João. João era o discípulo que Ele mais amava. Eu sou menor que João. Devo ser aquele pó que o Mestre mandou-o sacudir das sandálias...
Falando no “Capa preta”, aqueles que faziam as Leis eram os escribas, do Partido dos Fariseus, os hipócritas e raça de víboras.
Sou do Partido da Verdade, mas com coligação de chapa ao Perdão.
Sou do Bloco da Esperança, mas meu líder é o Trabalho.
O sonho do Partidão único é o meu eterno companheiro e por ele a luta é contínua. Ele não é Partido e sim Repartido: É o Amor.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Réplica ao Leitor
Fábio disse...
Relato infeliz e tendencioso. É preciso ter clareza dos conceitos quando os utilizamos. O que o senhor chama de "caravana da democracia" é muito mais a anti-democracia, pois trata-se de um movimento articulado pelo prefeito, visto que, quem estava ali era justamente sua tropa de choque, na tentativa de inibir a iniciativa justa, legítima, salutar, do Vereador Prof. Erick de exigir a legalidade e moralidade - dois princípios fundamentais da administração pública - para a realização de concurso público para professores do município, como consta na constituição de 1988 que acesso a cargo público dar-se-á pela via do concurso público, salvo exceções de cargo de ordem de assessoria técnica. Mas parece que não é assim que pensa a administração pública de Goiandira, prefere achar brechas na lei para, decerto, para cumprir compromissos de campanha com seus apaniguados. O que é preciso esclarecer aqui, é que não se trata de um debate sobre a escola ou educação - o que seria muito importante - pois aí poderíamos abrir o debate, sobre a escola que queremos, mas enquanto isso não acontece, os iluminados da adminstração pública leva a toque de caixa o que lhes vem na cabeça. Seria preciso esclarecer por exemplo a relação do líder da situação com a escola, qual sua função na escola? ele é o diretor? mas oficialmente é a prof. Leila. Existe alguma portaria nomeando-o para alguma função específica na escola? qual seria essa função? A escola realmente oferece as condições materiais e humanas para funcionar em período integral para todos os alunos? como fica os alunos da fazenda? ou a escola seria mais casca do que conteúdo? Acredito que a posição do Vereador Prof. Erick esteja correta, de acordo com as leis que regem esse país. Deixem que a calúnia e a tentativa de difamação, as mentiras, os boatos e as fofocas sobre a conduta correta para um vereador eleito na legenda da esquerda se espalhem pela cidade, isso concerteza, não calará a voz da esperança, na busca incessante de uma cidade de todos.
18 de Março de 2009 18:06
Caro Fábio,
Primeiramente meu muito obrigado pela atenção dispensada.
Poderia tê-lo respondido no particular, mas confesso não dominar as ferramentas disponíveis do Blog, onde certamente deve estar seu e-mail.
Estou muito decepcionado comigo mesmo, pois esperava fazer um relato imparcial e não consegui, pelo menos sob a sua ótica. Embora eu não tenha compromisso algum com a veracidade sou inimigo atroz da mentira.
Minha única intenção é promover mais interesse dos cidadãos pela Casa de Leis, acompanharem nossos representantes eleitos, inclusive o prefeito. Sempre fiz isto, apesar de a minha profissão ter sido massacrada, pois militar não pode opinar. Posso apresentar uma série de publicações no “Correio Brasiliense” em que fui até capa, porém não era isto a minha intenção.
Este “relato infeliz e tendencioso”, conforme sua classificação é o segundo da série. Você leu o primeiro? Leia com carinho e vai ver melhor de que lado eu estou.
Eu não vendo meu voto, mas tenho o costume de cobrá-lo o tempo todo do mandato de todos.
Eu ajudei o Juninho do Tiubinha por uma série de fatores, mas infelizmente não foi eleito. Um dos fatores que constava até do panfleto dele, seria um comunicado à população das atividades da Casa Magna e eu seria quem fomentaria tal noticiário. Ele aguardará mais um tempo, mas a idéia continuou viva.
Procurei alguns vereadores, dentre eles Clodoaldo e Gilberto Leiteiro, e falei sobre o projeto, mas o mais interessado indicou-me um futuro editor de jornal local. No meu ver não haveria liberdade de publicação, pois ele estava correndo atrás de verbas públicas.
Há pouco tempo descobri o Blog e vi que poderia, de maneira independente e sem custos, editar os acontecimentos.
A ata oficial da casa, com certeza, será sempre mais implacável que eu.
Chamei de “caravana da democracia” àquele conglomerado maravilhoso porque não vi nada rotulado nas caras das pessoas.
O próprio Erick, conhecedor dos opositores, chamou carinhosamente alguns pelos nomes ratificando toda e qualquer manifestação pública junto à presidência da casa. Deixou bem claro tratar-se do povo goiandirense, apesar de ter chamado à lembrança dos professores presentes a ingratidão, pois num passado sindicalista eles o ufanaram, pois atuara em favor daqueles.
Não coloquei isto no relato que era justamente para protegê-lo do desabafo, afinal ele estava “cobrando posturas” – coisa habitual em mim.
Fábio, eu ainda não sei quem é quem nesta cidade, inclusive você, mas se o Erick é a voz da esperança, alerto-o que ela já passou montada por um cavaleiro que pertencia ao “clube dos onze”.
O Professor Clodoaldo, na escola, infelizmente também não sei qual o papel que ele representa, pois já o vi faxinando, comendo em pé, dando aulas, contratando obras, cantando, apresentando, rebolando, plantando... Talvez ele queira resolver o mundo com medo da cadeira de rodas, a melhor escola da vida...
Cabe a quem tem o poder de fiscalização verificar se a “leilá” existe.
Na Câmara ele foi pra lá como quinto mais votado e está quase ultrapassando o primeiro!
terça-feira, 17 de março de 2009
Abuso de autoridade?
Luz na Câmara em Ação – Segundo Relato
Após a última reunião da edilidade goiandirense, no transcorrer da semana, fatos extraordinários aconteceram, o que permitiu um levante de parte populacional interessada na assembléia ordinária do dia dezesseis.
A presença inesperada de tantos fez com que o plenário, com sua centena de lugares, se tornasse pequeno. Uma caravana de democracia será sempre bem sucedida, ainda mais que lampejos de cidadania podem tornar-se palco de uma luminosidade sem fim.
Dentre crianças e idosos perambulava até o mais fiel amigo do homem que encontrara a porta aberta. Nico, um habitante espirituoso e oportunista, disse-se responsável pelo movimento por ter convidado tantas pessoas. Sinvaldo, aquele que está em todo lugar, também lá comparecera.
O motivo do alvoroço na Câmara foi porque o professor Erick, na quarta-feira anterior, adentrou a Escola Municipal intempestivamente, munido de máquina fotográfica, e gravou cenas de toda a escola sem sequer pedir licença.
O início da reunião deu-se às 19h20, novamente sem as presenças dos membros do PT, mas decorridos cinco minutos de leitura da Ata de seis laudas, o Vereador Professor Erick pôs-se à mesa e transcorrido outros cinco minutos juntou-se à mesa também Zezinho Boaron.
As primeiras vaias surgiram no ambiente quando discorrido na Ata o não reconhecimento da Tia Elza como Presidente de grupo da terceira idade em ato do Vereador Erick.
O Presidente Vino pediu moderação à platéia e prometeu conceder a palavra oportunamente à assistência, o que infelizmente não ocorreu.
Erick pediu para suspender a redação da ata, pois a mesma não o contemplava com as falas apropriadas. Solicitou, com grande louvor e oportunidade, à presidência da casa, que providencie a gravação do áudio das reuniões, uma vez que a transcrição de falas em Ata nunca será fidedigna, principalmente à forma do dito.
Uma gravação de áudio e vídeo, a meu ver, seria então de melhor alcance e o custo não é mais tão elevado.
O assunto “ata” gerou até não-concessão de aparte de Boaron a Erick.
Talvez uma cópia da ata devesse ser distribuída aos membros, com a devida antecedência à reunião, assim como os assuntos a serem tratados. Parece que todos são pegos de surpresa nas proposituras de cada parlamentar.
Os primeiros aplausos invadiram o ambiente quando Francelino disse que a Ata estava coerente com o ocorrido na sessão anterior.
Devido à celeuma da aprovação da Ata, Erick ainda ameaçou recorrer ao Ministério Público, além de ter proclamado receberem um bom salário para, inclusive, se necessário fosse, estender a reunião para além da meia-noite.
No expediente e votação foram discutidos vários assuntos. Dentre os quais destaco:
Antonio Raimundo, Preguinho, convocou uma visita com todos os poderes ao quartel da PM em Catalão para reivindicar rondas em Goiandira como reforço à PM local no combate às drogas, principalmente;
Preguinho, o doador de lotes, desta vez requereu um lote pra empresa Guardiã, empregadora de muitos goiandirenses;
Preguinho adentrou com requerimento querendo emplacar um desconto de 80% àqueles que se estão com IPTU atrasado, mas foi observado que descontos já são oferecidos. Uma medida mais coerente seria um recadastramento de imóveis, uma vez que os arquivos da prefeitura não estão atualizados com a realidade. Existem lotes pagando IPTU como vagos e edificações suntuosas já foram feitas;
Foi discutido também, pedido de Preguinho, sobre colocação de placas de proibição de estacionar próximo ao Bar do Zezinho, para facilitar o embarque coletivo. Opinaram outros vereadores sobre estender tal medida a todos os locais de embarque coletivo.
Francelino Jr. requereu a interdição automobilística da Rua Tiradentes nos finais de semana, principalmente devido ao fato de carros com sonorização exagerada atrapalhar o lazer daqueles freqüentadores do local;
Francelino Jr requereu uma sistematização de coleta de lixo de quintais;
Erick teve apreciado seus projetos de Lei a respeito da tolerância de espera em agência bancária e a instituição do Plantão de Farmácias;
Os cargos escolares comissionados, oriundos da liderança do governo, passaram por uma segunda votação e obteve o mesmo placar anterior de 5x3 a favor;
O espaço público destinado à terceira idade, causa de presença maciça da comunidade, foi novamente discutido, aprovado e aplaudidíssimo. Clodoaldo ressaltou ser apenas uma solução temporária, pois os idosos merecem mais e o Senado poderá aprovar em breve verbas para construção de uma sede mais conveniente;
Erick, o Representante do Governo Federal, explanou sobre os impedimentos da liberação de verba, algo a ver com a legalidade das instituições;
Erick requereu alteração no Regimento para que seja implantada a “Câmara Itinerante”, inclusive com realização de sessão em Veríssimo, além dos bairros urbanos.
Ainda foi aprovada a revitalização da quadra de esporte do Povoado de Veríssimo - requerimento de Gilberto Leiteiro;
Discutiu-se sobre a capacitação do motorista de ambulância em “Primeiros Socorros”. Acredito que habilitar um enfermeiro como motorista de ambulância seja mais conveniente.
O sistema de áudio da Câmara pode ser melhorado, principalmente os microfones. Apesar de insistentes pedidos da platéia, o Vereador Hugo Mariano, o Geto, nada falou além do “aprovo” obrigatório.
Nos pedidos verbais foram solicitados andamento do recapeamento asfáltico entre Goiandira e Catalão; colocação de bebedouros em locais de público como agência bancária, além de banheiros com placas indicativas; container para coleta de lixo rural e esgoto a céu aberto.
Nas considerações finais o Vereador Clodoaldo relatou a atitude inconveniente do Professor Erick em “invadir” a Escola Municipal e constranger professores, alunos e funcionários. Com atitude soberana e intrépida fotografou a escola de tempo integral, de mérito reconhecido até pelo ministro da educação de Lula, com intuito de denúncia de farsa e confinamento. Discorreu que o Professor Erick tenha achado um absurdo o número de merendeiras e relatou as quantidades de refeições servidas bem como o cardápio semanal. (Aplausos múltiplos)
Erick, no seu tempo, rebateu que tem autoridade pra entrar em repartições públicas e fiscalizar atos da administração pública sem que ofereça cumprimentos ou sorrisos aos funcionários e que era só “consultar o Dr Fernando, promotor”, sobre tal prerrogativa.
Erick iria mostrar as imagens coletadas, mas o dvd não funcionou. Disse que são imagens que comprometem, pois existe resto de material de construção em meio às crianças, carteiras quebradas e amontoadas, quintal sujo e papéis higiênicos mal posicionados às crianças, tudo de encontro ao Estatudo da Criança e Adolescente. Salientou que a escola está diferente das fotos porque após a visita do Professor Erick a direção tomou providências. (Vaias)
Talvez seja prerrogativa do vereador adentrar a estabelecimentos públicos sem prévia recomendação, mas em muitos manuais de vereador, como o da cidade de Maringá, recomenda-se a proceder com urbanidade e moderação uma vez que o Vereador não age individualmente, senão para propor medidas à Câmara.
Acredito que Erick detenha uma boa quantidade de conhecimento, mas falta-lhe sabedoria ao demonstrá-lo.
Às 23h15, em meio às considerações finais de Preguinho, o Presidente deu por encerrada a Sessão, o que deixou o vereador indignado e também ao público, pois havia prometido liberação de fala aos presentes.
Ainda assim uma mãe revoltada com as ações de Erick discursou ao mesmo. Erick permaneceu e prestou bastante atenção à sua fala enquanto os demais integrantes da Casa se evadiam do local. Ela protestou dizendo que foi a própria filha que reclamou das atitudes do vereador na Escola. Dissertou que sai cedo e confia plenamente na escola, a quem dá a guarda de sua filha o dia todo. Disse amar Goiandira e que a Educação e Saúde vão muito bem obrigadas.
Desta vez não quero elencar os vereadores, mas o presidente destoou e sua autoridade não foi facilmente demonstrada.
Com a presença do povo os ânimos se alteraram, à exceção do Erick, o homem sem medo, mas que, por via das dúvidas, foram chamados policiais para garantir a ordem e a integridade.
Viva a democracia!
segunda-feira, 16 de março de 2009
Um dos meus seguidores
Quero repetir por aqui uma crônica minha que foi publicada no "Blog do Aloísio", quando se chamava Panorama Araguari. É uma homenagem a um amigo, seguidor deste meu Blog, que pode não ter a noção do quanto ajudou na construção do meu destino.
OS TRÊS MOSQUETEIROS
No cardápio da infância o prato principal e mais saboroso sempre será as brincadeiras.
Tive três amigos escolares incríveis pelos quais devoto uma simpatia eterna.
O primeiro era o Antonio Marques da Silva Filho, um desenhista de primeira – chegava a produzir gibis. Sabia tudo da Segunda Grande Guerra. Lembro-me de brincarmos de “Hi, Hitler”, ele que inventou isso. Estivéssemos onde estivéssemos se fosse pronunciada tal saudação o outro tinha que largar tudo que tinha nas mãos para levantar o braço em riste, respondendo como o mesmo brado. Eu chegava cedo na sala de aula e me escondia atrás da porta para pegá-lo na brincadeira.
O pai dele foi maquinista de trem. Morreu num incêndio e o único órgão que ficou inteiro, segundo o Antonio, foi a língua. Cruzes credo!
Eu, depois da aula, ficava na casa dele, na Vila Goyas, para brincar, estudar e, o primordial – almoçar.
O segundo era o Wassil Carrero de Melo Junior, filho de um barbeiro que atendia próximo à Praça Manoel Bonito, mas morava muito afastado... lááááaaaa na Vila Paraíso.
O Wassil era craque de bicicleta e com ela íamos distante.
Eu, depois da aula, ficava na casa dele, para brincar e estudar pouco. Ele não era muito de estudar. O legal era o almoço.
O terceiro é, veja o tempo, o Adnan Assad Youssef Filho, fruto de um amor palestino e com brasileira. Morava perto da Matriz.
Engraçado, meus melhores amigos eram Filhos ou Júnior...
Foi com o Adnan que evoluí. A mãe dele pagou-me um curso de datilografia e me comprou uma máquina de escrever.
Eu e o Adnan sonhávamos em fazer um safári pela Amazônia, amávamos os indígenas. Ele sabia tudo sobre o assunto e, inclusive, era assinante da Revista “Interior”, uma edição do Ministério do Interior. Eu acabei ganhando uma assinatura que me acompanhou a vida inteira, até reformarem pra nada tal Ministério.
Não sei quando nos separamos, mas acho que ele foi pra Uruguaiana, onde o pai tinha um comércio. Ou então foi o Exército que me incorporou...
Sei que recente o localizei pela Internet em Boa Vista-RR, fazendo Antropologia. Numa viagem que ele fez a Goiânia, com escala em Brasília, nos encontramos no Aeroporto. Foi por pouco, não deu pra matar a saudade, mas tonteou.
Durante quinze anos ele trabalhou de motorista para os “Armazéns Martins” e percorreu a Amazônia. Eu também percorri um pouco, mas, pelo alto, nas asas da FAB.
Quando somos filhos de Deus nossos sonhos acontecem. Com o Adnan minha vida era um sonho.
sábado, 14 de março de 2009
Para o dia da Poesia
Esta poesia é em homenagem a um amigo, o professor Edmar, eterno crente nos contos da carochinha. Não é métrica, mas exibo os vários tipos de rima e não-rima, bem como rima por dentro (último verso), sem ter deixado as palavras emendadas de fora como é o caso do trecho: Caro, chacal... (Carocha)
Carapuça ridícula
Estou cansado nesta vida
De ouvir gente metida,
Ainda berro, fora da linha:
- Sai de retro, carochinha!
Tenho um colo apropriado
Que mais parece um divã.
No tricô de muita lã
Muito conto carunchado.
Meu ouvido é porta aberta,
Mas não sou nenhum otário,
Morreram ontem, em hora certa,
Todos os contos do vigário.
Caro, Chacal que me rodeia
E bruxas das caras feias,
Nada valem verdades meias
Pra quem tem brio nas veias.
As mentiras que me contam
Vou comigo colecionando
Pra levar ao tribunal
E meu engano provar...
Põe com frieza na sepultura um afago:
Jaz e vago ao léu por ventura
E a pior conclusão da sorte minha: O céu,
Além da morte, maior conto da carochinha...
sexta-feira, 13 de março de 2009
Vida em Goiandira
Beleza Interior num parágrafo
Cá estou eu, há quase um ano residindo no Interior. Quanta diferença da nossa capital federal! No princípio a gente estranha, mas o tempo é o melhor remédio. É outro mundo! A média de idade é um tanto quanto mais avançada e a pressa não existe. Poucos são aqueles usuários que conseguem utilizar caixas eletrônicos sem ajuda. Supermercados não têm leitores óticos de código de barras. Os cães vira-latas se proliferam com a aquiescência de todos e, se a carrocinha aparece, um protetor animalesco sai soltando fogos de artifício pra afugentar os futuros sabões. Não existem paradas de transporte coletivo com coberturas do sol, do vento e da chuva. Esgoto, kkkk, ainda está por chegar, então vivemos na fossa, mas o novo prefeito, que é o antigo também, vai resolver. É promessa do saneamento juntamente com um lago, mas, estive pensando, e se o lago for um esgoto a céu aberto? Ainda assim a cidade vai progredindo, então chegará um dia que não mais existirá Interior? Deus me livre, inclusive votei contra candidatos que prometiam desenvolvimento, pois isto eu tinha em Brasília. Preciso mesmo é de uma parada no tempo, se possível retroceder... Por falar nisso, a verdura a gente planta e vê crescer. A água é muito barata... O leite puro chega à nossa casa junto com o mugido do sedento bezerro. Não existem mais subdivisões de preços ou qualidade da carne bovina, ou é carne de primeira ou de segunda. As galinhas gritam várias vezes “botei ovo” anunciando-nos a produção. O gorjeio dos pássaros substitui plenamente toda a MPB. São aves de muitas espécies e fazem ninhos até nos xaxins da nossa casa. É tempo de manga, jabuticaba, pequi e caju... Lá, na miserável capital, lembro-me de pagar mais de cinco reais por um litro destas iguarias... Uvas e goiabas estão em cachos e flores, já já a vizinhança divide. Bananeira dá o ano inteiro, igualzinho ao côco da Bahia. Guariroba, jurubeba, mandioca e cana são pragas. Laranja e mexerica a gente corta pra queimar, kkkk. Capital, como o próprio nome diz, precisa-se de muito dinheiro, aqui não. Meu carro está a quase um mês parado, mas a bicicleta tem rodado muito. Poucos possuem carteira de habilitação e a fiscalização precária só cobra o uso de capacete aos motoqueiros. Troquei meu cartão de crédito por uma tal caderneta, vulgo prego. Existem muitas solteironas elegantes e resolvidas... É uma pena para a perpetuação da Humanidade. Tenho uma teoria de que o que acontece é que elas conhecem o passado dos pretendentes e os rejeitam. Todo mundo conhece todo mundo. Qualquer estranho ou forasteiro poderá cativá-las, kkkkk, como aconteceu comigo. Estão fazendo duas barragens no Rio Veríssimo e os trabalhadores de lá estão desencalhando aviões, kkkkk. Não vou dar mais nenhuma dica deste meu paraíso porque senão daqui a pouco meus leitores serão meus vizinhos, além do quê pescar é aqui do meu lado e tenho estado muito estressado. Kkkkk.
PS: Sei que a Língua Portuguesa exige distribuição do texto acima em outros parágrafos, mas o vernáculo, no conjunto, também não reina por aqui.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Cidades Mineiras e Goianas - Palavras emendadas
Recebi, esta semana, um e-mail do amigo Jornalista Aloísio Nunes de Faria, do Jornal de Araguari, em que, numa brincadeira literária, as cidades mineiras apareciam no texto da missiva.
Como a carta é um tanto extensa colocarei apenas o início e final da mesma e, a seguir, uma pequena resposta minha em que evidencio cidades goianas.
Carta do Aloísio:
“Prezado amigo TEÓFILO OTONI,
Nesta VIÇOSA manhã de primavera, de onde se contempla um BELO
HORIZONTE, um CAMPO BELO e MONTES CLAROS, e, ainda, neste ambiente
FORMOSO de nossa terra, quando se pode contemplar também, pela
madrugada, a ESTRELA DALVA, escrevo-lhe para colocá-lo a par dos últimos
acontecimentos.
No âmbito familiar, a nossa prima LEOPOLDINA, ESPERA FELIZ dar a LUZ a
seu primeiro filho que, se for homem, se chamará ASTOLFO DUTRA e
JANUÁRIA, se mulher. Para cuidar do rebento, ela contará com
abnegação da sua governanta MOEMA. Mas, enquanto ela aguarda seu
bebê, lava roupa tranqüilamente nas BICAS existentes em um RIO NOVO,
afluente do RIO ACIMA, que passa pelas terras de DONA EUZÉBIA, naquele
LARANJAL, perto da CAPELA NOVA, onde, na hora do RECREIO, a meninada
sobe na PONTE NOVA, para pescar LAMBARI e PIAU e soltar PAPAGAIOS.
...
Depois desta CONTAGEM dos fatos, damos graças a SENHORA DOS REMÉDIOS,
SANTO ANTÔNIO DO AMPARO, SANTO ANTÔNIO DO GRAMA e SÃO TIAGO, que têm
sempre protegido a nossa família, para que nossas lutas tenham sempre um
BOM SUCESSO.
Terminando, receba um forte abraço do seu primo,
MATIAS BARBOSA.”
Minha resposta:
GOIANDIRA-GO, perto de CATALÃO, 07 de março, tempo de um MUNDO NOVO.
Alô, Ísio, ALOÂNDIA,
Recebi a carta de satisfação com as cidades mineiras e imediatamente aconselho: nem atravesse o Rio Paranaíba porque daí já se vê a BELA VISTA DE GOIÁS.
Vocês vivem repetindo que sua cidade do triângulo é um composto de ar, água e o povo ri, mas em si tratando de água eu apresento: ÁGUA FRIA DE GOÍAS, ÁGUA LIMPA, ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS, CACHOEIRA ALTA, CACHOEIRA DE GOIÁS, CACHOEIRA DOURADA e melhor que Ar + água + ri acredito ser ARAGUAPAZ.
Em matéria de hidro, têm-se sete mares em HIDROLÂNDIA e HIDROLINA.
Sei que fazem turismo por CALDAS NOVAS, esfriam o RIO QUENTE, mas tenham a mesma EDÉIA de tantos MINEIROS, como eu, reze pra SANTA RITA DO NOVO DESTINO e parta pra uma NOVA AMÉRICA, um NOVO BRASIL ou NOVO PLANALTO.
Ponha uma idéia nesta CABECEIRAS e CAÇU PILAR DE GOIÁS. Dê um berro do IPIRANGA, quebre o chapéu PANAMÁ e VALPARAÍSO DE GOIÁS.
Pois é, vocês sabem que tenho TRÊS RANCHOS às margens do CÓRREGO DO OURO e aquele da LAGOA SANTA está muito FORMOSO. Podem tomar POSSE. As chaves estão na VILA PROPÍCIO. É só pegar com JOVIÂNIA ou com suas irmãs gêmeas - INDIARA e JUSSARA. A pescada rende muito com ANICUNS, APORÉ, MATRINCHÃ, ARAÇU, GUAPÓ, PIRACANJUBA e PIRANHAS.
O SENADOR CANEDO JATAÍ mexendo pra mudar o nome de PORTEIRÃO IPORÁ PORTELÂNDIA, avisa o HEITORAÍ e outros ara GUARINOS.
Lembra daqueles ovos que levamos pra chocar? ARAGARÇAS
Homens como o Aloísio terão sempre uma NOVA AURORA e serão sempre abençoados com NOVA GLÓRIA.
Qualquer AMERICANO DO BRASIL, que sempre se sentiu bem com o clima europeu, não precisa ir mais lá: curta NOVA ROMA e NOVA VENEZA.
Aqui, além de belo é ALTO HORIZONTE, quase chegando no CHAPADÃO DO CÉU, mas ainda com pés firmes em ALTO PARAISO.
Outro dia ri em TROMBAS , até RIALMA, porque um político daí das Gerais foi acusado de ter um castelo e os nossos daqui tem CASTELÂNDIA.
A capital daí tem feiras ao luar? ARAGOIÂNIA tem muito mais!
BALIZA bem os pensamentos, pois a comadre precisa conhecer as FLORES DE GOIÁS INHUMAS CAIAPÔNIA que só dão no COCALZINHO DE GOIÁS ITAPACI acabá por causa do JARAGUÁ. Todo mundo sabe que só nascem no VARJÃO e em BARRO ALTO ao lado de BURITI ALEGRE.
Foi feita uma FAINA na FAZENDA NOVA e ela está CRISTALINA. Adquirimos produtos BRITÂNIA e CEZARINA, a cozinheira ESTRELA DO NORTE, fez um guisado de RUBIATABA muito estranho. Ela disse ao PROFESSOR JAMIL: “- Ranga.” E ele respondeu de pronto: PORANGATU.
Até MOSSÂMEDES construiu sua PALESTINA DE GOIÁS do lado da CIDADE OCIDENTAL.
ITAJÁ deu pra convencer sobre os CAMPOS BELOS, CAMPOS VERDES, mas como CERES MARZAGÃO pergunte ao CAVALCANTE ou PADRE BERNARDO.
“Os ares meus também podem ser os ares teus”
Aristeu
terça-feira, 10 de março de 2009
Luz na Câmara em ação
O Caminho das Goiandiras
Assisti a um capítulo muito bom de uma novela sem fim, como “Malhação, mas com um enredo que interfere diretamente no cotidiano da vida dos espectadores cidadãos...
Nove de março, segunda, fui à Reunião da Câmara de Goiandira. A sessão durou das 19h00 até as 22h30. Trabalharam a contento e não deixou também de ser espetaculoso.
Tal novela está engatinhando e perdi apenas dois capítulos iniciais. Não dá pra dizer ainda quem são os mocinhos e quem são os bandidos, porém verdadeiros artistas populares.
Pra entrar na Câmara a porta é estreita, mas uma vez lá dentro se é recompensado.
Assim que entrei contei os cento e vinte assentos destinados à platéia, mas naquela noite apenas seis foram ocupados, mas não durante todo o tempo: eu, o dono do Jornal “O Sudeste”, a mãe do vereador Professor Erick, o filho de um empresário e outros dois que misturavam política com futebol, pois ostentavam camisetas do Corinthians e Flamengo.
Falando nisso, dizem que política, religião e futebol não se misturam, mas conheci um padre prefeito que era flamenguista.
O anfitrião Pedro da Ambulância, vice-presidente da Casa, conduziu-me até um cafezinho logo após as boas-vindas. Também me emprestou uma esferográfica, talvez sem saber que tal objeto em minhas mãos pudesse se transformar numa arma poderosa contra ele próprio.
O relógio é mal colocado atrás das bandeiras do País, Município e Estado. O ar condicionado funciona muito bem, apesar de soprar as persianas verticais que vão e voltam produzindo ruídos que acabam por incomodar.
A reunião é prevista para início as 19h00, mas sempre se faz uso brasileiro dos quinze minutos oficiais de espera.
A reunião iniciou-se sem o PT, mas ainda chegaram a tempo do “set de gravação”.
A composição da mesa diretora foi feita e o Presidente Vino abriu os trabalhos com a oração do “Pai Nosso”, onde a galera pôde participar. Acho que a parte da reza “Perdoai as nossas ofensas” deveria ser repetida, ali, umas vinte vezes porque ofensas múltiplas são proferidas durante os debates, de maneiras sutis ou não.
Após a invocação do Pai Celestial foi feita a leitura da Ata da reunião anterior. Uma ata muito bem elaborada das atividades parlamentares, não sei se obra do Secretário Gilberto Leiteiro ou da funcionária Nice.
O que me chamou a atenção da reunião anterior relatada foi a falta justificada do Clodoaldo, a presença com fala de funcionário dos Correios e a nomeação de membros de duas Comissões, Constituição e Justiça e Orçamento e Finanças. Também de se admirar a quantidade de requerimentos oriundos do mais expressivo vereador da Casa – Antonio Raimundo Sobrinho, o Preguinho. É o campeão disparado em solicitações à Casa de reclames do povo.
A seguir deu-se a aprovação da Ata e iniciou-se, propriamente dito, o expediente, onde se discute e vota a pauta. Tal pauta não estava afixada em nenhum lugar que eu tenha identificado.
A primeira leitura tecida foi a respeito de explicações do Prefeito a respeito de criação de dez cargos comissionados para as Escolas Municipais.
Este assunto foi colocado em debate e tomou conta do maior tempo da noite. Clodoaldo, Líder do Governo e diretor de Escola, explanou sobre os problemas que se acarretaram, devido ao triplo aumento de matrículas e diminuição do quadro efetivo. Explicou que na busca da qualidade não se pode comprometer o desempenho e conquistas da escola diante um processo seletivo, uma vez que possuem as pessoas certas para tais funções e que nem seria interesse eleitoral haja vista serem profissionais de fora da cidade. Convidou a todos para visitar a Escola.
O estreante e candidato mais votado, Professor Erick, que auto se intitulou Líder da Oposição e do PT, opôs-se arduamente a tal propositura. Sempre de pé e com a Constituição empunhada bradou um conhecimento extremo da mesma e da lisura que deve ser todo um processo administrativo público. Esquentou os ânimos até com seu companheiro Zezinho Boaron, dono de três mandatos na Casa.
Acusou a administração da cidade e o próprio diretor Clodoaldo de não fazerem planejamento adequado e a trabalhar no improviso, bem como confinar as crianças. Fez convite irônico para que aprendessem administração no escritório do Deputado Rubens Otoni, do Partido dos Trabalhadores. Como o vereador Clodoaldo alegou estar muito cansado por acúmulo de funções na escola exortou-o a colocar o cargo de diretor num processo eletivo, onde reside o anseio da comunidade.
O segundo assunto, proposto por Preguinho, que passou com folga, foi a doação de um terreno de seiscentos metros quadrados à empresa Geotec, de propriedade de certo Dr Marcelo. Salienta-se que o filho estava em meio aos ouvintes. Tal empreendimento de cautela irá gerar empregos no município.
Teve vereador que até achou o terreno pequeno ao que foi explicado pelo autor que irão fazer apenas um pequeno escritório e o restante do terreno seria pátio de estacionamento de caminhões.
Quais empregos isto gera? Governos vivem doando terrenos a entidades, mas o inverso não ocorre. No caso do futuro lago de Goiandira quero ver os “donos” de o Centro Comunitário recusarem-se a receber por desapropriação.
O terceiro requerimento foi a respeito de aquisição de caminhão fumacê para o combate à dengue, também do Preguinho, mas outra redação foi dada, após relatos de Clodoaldo sobre a impossibilidade de tal ocorrência, uma vez que o número de casos no município é que torna tal possibilidade viável. O fumacê pode ocasionar lesões irremediáveis na flora e fauna, nas crianças e velhos. O pedido ficou direcionado então para drogas químicas que se utilizem em fossas.
Outro assunto discutido, autoria de Preguinho, foi a colocação de uma rotatória nas proximidades da Praça do Congo. O vereador Gilberto Leiteiro concorda com quebra-molas, mas acorreu sobre as características técnicas de tal rotatória que poderiam atrapalhar manobras de caminhões.
Deixaram a parte técnica para a Prefeitura afinal caminhoneiro é como o vento – só entra onde tem saída.
Outro assunto aprovado e bem explanado foi o item de Pedro da Ambulância com a criação, nos espaços públicos, de painéis culturais com artistas do município, particular cópia do Projeto “Galeria Aberta” de Goiânia.
Outro requerimento, autoria de Clodoaldo, objetivando um espaço para a Terceira Idade ganhou transtornos dantescos. Foi levantada por Erick que o grupo inicial de idosos foi repartido entre Turma do Gabino (Idosos) e Turma da Tia Elza (Duvidosos), mãe de Clodoaldo. Erick acha improvável que Tia Elza tenha sido reeleita por onze anos frente à Associação e que o Estatuto esteja de acordo com normas vigentes. Mais uma vez quis convencer a Clodoaldo a incentivar a mãe e promover uma eleição em moldes claros.
Outro assunto “preguento” discutido e aprovado foi em relação à colocação de dois bancos próximo à entrada do Banco do Brasil para atender a idosos.
Preguinho ainda apresentou à casa requerimento, que foi aprovado, sobre o fato de uma das torres de operadora de celular não ter sinalização noturna para afugentar aeronaves. Mal sabe ele que os grandes pilotos se arremetem contra as mesmas, quando em dificuldade, tendo em vista que as mesmas servem de amortecedor à uma queda.
Aconteceu uma segunda votação a respeito de empréstimo de um funcionário de carreira da Prefeitura ao Asilo e foi aprovada. Não sei por que o Erick não pediu vistas, como é seu costume, ou tenha pedido os balancetes da entidade para ver a real necessidade. Eu também faria questão de ver tais balancetes, pois tentei, como vicentino, durante um ano, ver tais balancetes e não consegui. O prefeito sempre ajudou o Asilo e o Presidente realmente tinha que subir no seu palanque de campanha.
Em segunda votação também foi aprovado a tão sonhada meia-entrada da plataforma de Erick. Falta trazer os shows...
O percentual de 6,48% foi ratificado como o índice de reajuste salarial e com a concordância a largos sorrisos do Sindicato dos Servidores.
Zezinho deu a notícia de ter sido eleito presidente da Associação de Moradores do Setor Primavera. Falou do interesse de ser mais que vereador, mas que o capital o impede de alçar o pretendido vôo político e que este poderá ser o seu último mandato.
Juninho deu-se como solidário a Clodoaldo nas alfinetadas oriundas de Erick, pois também tem muita consideração com dona Elza, mãe do parlamentar.
Foi aprovada uma homenagem com placa alusiva à data do Dia Internacional da Mulher à Secretária Nice, sem que também fosse comentada a efetiva participação da assistente judiciária no desenrolar dos trabalhos da casa. Tudo por iniciativa de Erick.
Erick ainda discorreu que, “nunca na história de Goiandira”, um Presidente fez tanto pela cidade. Ressaltou o valor repassado de seis milhões de reais e que o mesmo é um presidente municipalista. Uma pergunta atrevo-me a fazer: Quanto Goiandira teria repassado, nesse período, para a União? Eu, só de imposto de renda, repassei trinta mil reais e se, outras duzentas Pessoas Físicas goiandirenses fizeram o mesmo, já cobre esta quantia nunca dantes vistas. A respeito da história de Goiandira eu não conheço muito, mas o pouco que sei é que o Governo Militar mandou pra cá uma Companhia de Engenharia do Exército que ficou muitos anos por aqui fomentando o progresso. Construiu a ferrovia e ajudou na malha viária local, algo que com certeza supera estes tais dadivosos seis milhões. O Exército mandou pra cá, inclusive, aquele que seria o pai do distinto vereador, homem sem preço.
Numa avaliação da Casa, deixando de lado o Presidente Vino, que foi ótimo mediador e permitiu que os debates fossem até longe demais, coloco-os na seguinte classificação:
Oitavo lugar – o Jeto ou Geto, uma presença apagada, mas viva.
Sétimo lugar – Juninho, aparentava estar adoentado e insistia no voto apenas “SIM” ou “NÃO” sem demais comentários.
Sexto lugar – Gilberto Leiteiro, sempre dissertando e acorrendo, mas ainda inibido.
Quinto lugar – Pedro da Ambulância, eloqüente e participativo componente da mesa.
Quarto lugar – Preguinho, sempre firme e levando proposições simples ou “cabulosas” do povo à Casa do Povo. Vamos ver se dá sequência a tantos requerimentos.
Terceiro lugar – Zezinho Boaron que, apesar de esquerda, demonstra muita maturidade no trato polido da Política, teve um momento que, para repreender o companheiro Erick, perguntou-o se tomava leite de caixinha ou de vaca, mas Erick disse não tomar nenhum, certamente pra não anular o veneno que exala (grifo meu). A intenção da pergunta era mostrar que a Casa pudesse abrandar o que prescreve a Lei nua e crua determina para que o progresso possa passar.
Segundo lugar – Erick, porque na mistura ele é a pimenta. Pode suplantar o maior ídolo do PT porque tem estudo de sobra, ao contrário do outro. É arrojado e a todo instante determina que tal fato seja registrado em Ata. Podem tratá-lo como coadjuvante, mas porta-se como protagonista.
Primeiro lugar – Vereador Clodoaldo, culto, eloqüente, trabalhador, cortês. Talvez peca pelo exagero do primor, pois violino, balet, flauta doce ou “tae kwon do” não podem ser custeados com verbas públicas a não ser para o MST, pois eles podem necessitar da arte oriental pra executarem os objetivos do cultivo da terra.
Conclusão: A Casa de Leis de Goiandira está de parabéns e que, outros cidadãos, participem, pois o assunto é sério. Minhas opiniões não devem ser levadas a ferro e fogo, pois não passam de um mero ponto de vista. O trabalho é árduo e não dura apenas uma noite. Por mais longo que seja este texto ele não relatou tudo que ali aconteceu.
Os vereadores devem se inquietar diuturnamente para fazer uma cidade grandiosa, do tamanho do sonho de cada um, que certamente estará lá frente à tribuna avaliando seus eleitos.
domingo, 8 de março de 2009
CRONICÂNCER
Tenho a crônica como doença bastante avançada, incurável. Sou um impaciente compulsivo em estado irreversível de dar dó.
Meu maior desconsolo é devido à pessoa mais íntima de mim não me ler. Como efeito coliteral dessa mania escriturária, sou superdotado de concentração precoce – o mundo pode desabar, quando estou a canetar que continuo alheio ao espetáculo do fim do mundo. É por isto, às vezes, num tom deprimido ou pejorativo, que minha não-leitora mais famosa se aproxima desesperançada e brava: - Ô, escritor, Deus me livro de você, tô te chamando faz um tempão... (blá, blá, blá)
Ela é tão não-leitora minha que se eu suicidar com uma poesia atravessada no pescoço e deixar um bilhete - o inédito vai junto comigo ao caixão. Na minha lápide quero uma frase bem lapidar, resumindo minha vida: Aqui jaz um poeta de uma musa analfabeta dele.
Só de vingança, professora!
Pra se ter uma idéia do estado não-regenerativo deste lendário, vou fazer um relato dos apenas vinte minutos do passeio noturno que fiz com meus “canis familiaris”...
Um rápido passeio com meus amigos
Moro numa descida de quem vem e numa subida de quem vai, além do quê saindo pela direita estarei descendo. Hoje resolvi subir.
O cachorro fez xixi no poste e a lâmpada apagou. Foi bom, embora nada tivesse a ver uma coisa com a outra, porque enquanto isso a cadela deixou um “monte” na calçada e ninguém viu. Pensei em limpar na volta, mas vamos fazer de conta que foi cachorro de rua. Só quem entende muito desse assunto veria que era uma composição putrefata de ração importada doutra cidade e não restos de comidas vira-latas.
O problema também é que qualquer bosteiro de plantão olharia muito rapidamente, o suficiente para desviar-se da trajetória do monte, e emitiria uma nota de merda: - Eca.
Na esquina, um terreno baldio destinado ao Ministério Público, há “anos atrás”, virou propriedade privada a céu aberto. Vi gatos levando carrinhos de areia pra cobrir o local. Outra eca, agora minha.
Ao lado do lote há a quadra poliesportiva da Escola Municipal. É a coisa mais linda, bem ao lado do terreno vago aberto à visitação. O Diretor estava na cadeira de rodas, mas Deus viu o pecado que estava cometendo com a criatividade e deu asas à sua imaginação. Do muito que é e que faz ainda sobra tempo pra participar com maestria da política local como vereador nota mil.
Moro pertíssimo e sei que as crianças são bem tratadas no “Período Integral”. Conheço a saúde pelo grito e, Deus meu, como gritam! É muito mais fácil ter filhos hoje? Bem, isto é outra crônica...
Outra vez virei à esquerda, mas fui para o outro lado da rua por dois motivos.
Um, a calçada tem árvores pequenas, mas copadas e impedem o livre trânsito, pra passar tem que se abaixar muito. Sou a favor da natureza desde que não dificulte o meu caminho. Kkkkk.
Dois, na quarta casa tem a Princesa, uma podle linda e cega. Não sei o que minha Milica late pra ela, sei que mesmas vão à loucura. Dá pepino se estiverem uma perto da outra.
A casa nova bonita, ainda sem moradores, continua com um monte de entulho na rua. Se tirarem ela ficará mais linda.
A quantidade de carros estacionados nas calçadas é grande – Deve ser medo dos motoristas sem carteira!
Noutra esquina, com, inclusive, uma pracinha particular, o Padre da Igreja Brasileira tocou o sino oitenta e três vezes e vieram três gatos pingados à Igrejinha. Está certo que Jesus disse “onde dois ou mais estiver reunidos, em meu Nome, eu estarei presente”, mas Ele prefere o “ou mais”. Com o público tão ínfimo ele percorre o cerimonial todos os dias. Os católicos têm uma clientela maior, mas a porta da igreja se abre só aos domingos. Ninguém gosta do domingo que faz qualquer coisa pra ver a linda segunda-feira nascer em breve. Mais Kkkk
Pensando bem a Igreja Brasileira era pra ter mais público-alvo por aqui, afinal ela não está nem aí pra o tamanho dos pecados e consola todos os pecadores, inclusive é famosa por realizar matrimônios em mesmo sexo. Está certo, o único pecado que não tem perdão é contra o Espírito Santo. Não adianta chorar nem em São Paulo ou Santa Catarina ou qualquer outro lugar.
Igrejas evangélicas estão em igualdade numérica com os botecos. A gente vê pelos que cambaleiam no caminho e pelos que ostentam o Livro Preto, bradado como A Palavra!
Caminhando em paralelo à linha férrea, que transporta o minério catalano, avistei uma Igreja com a testada formando um grande vão, um grande vão, um grande vão, onde em letras garrafais, estampava-se “Assembléia de Deus”. Pronto, acho que o segundo mandamento foi a pique – “Não tomar o Santo nome de Deus em vão”.
Fui do Exército, o lugar mais estúpido da convivência humana, e falava com os outros com o tom apropriado à quantidade de ouvintes, mas na Assembléia supracitada, com apenas outros dois fiéis, o Pastor exortava a cidade inteira. “Sai Capeta!” Pronto, diminuía ainda mais o público.
Numa “Assembléia” terrena, o mais importante não é conquistar a Oposição?
Está bom, voltei rapidamente pelo mesmo caminho, mas pude admirar a música da rua em fogo, no antigo casarão da cerealista, alugado aos barrageiros sem móveis.
Coitados, redes pra todo lado e um aparelho de som dos “bão”
Podem acreditar, mas completava três dias que tocavam Amado Batista sem parar. Lá em casa toca também.
Eca!
Acrescento a esta crônica, em 29 de novembro de 2010, o comentário enviado e minha respectiva resposta, na ocasião, via carta, ao interessado.
Desculpo-me porém do meu engano, por não ter como provar, da afirmação a respeito da realização de casamento de pessoas do mesmo sexo, pela ICAB, pois foi algo que guardei na memória de um noticiário televisivo. Na realidade, a diferença principal da Igreja Romana é que ela aceita casar pessoas divorciadas e os respectivos padres da própria congregação.
Padre Roberto Bueno deixou um novo comentário sobre a sua postagem "CRONICÂNCER":
Prezado Senhor: Aristeu
Estive lendo este seu artigo,e não gostei de como o senhor se referiu sobre a Igreja Brasileira.Se eu soube deste seu tal artigo eu nunca teria feito amizade com o senhor.Não gostei de como o senhor se referiu sobre a Igreja Brasileira.Quero que o senhor me prove onde e quando a Igreja Brasileira fez casamento de pessoas do mesmo sexo?
A Igreja Católica Apostólica Brasileira (I.C.A.B)nunca realizou casamentos de pessoas do mesmo sexo.Sobre a questão dos pecados dos fiéis nós não descriminamos ninguém,somos rigorosos na disciplima para que cumpram os mandamentos da Lei de Deus que se encontra na Bíblia Sagrada.Fique o senhor sabendo que achei deplorável este seu tal artigo.Fique sabendo que estarei tomando providências cabíveis sobre a nossa amizade.Trate de não nos procurar mais.Passe muito mal...
(Postado por Padre Roberto Bueno no blog CRÔNICA DO MEU INTERIOR em 18 de setembro de 2010 21:35)
Prezado representante de Cristo, Sr Padre Roberto Bueno, esta vossa indignação refere-se à uma postagem minha de cerca de ano e meio passados. Saiba vossa sapiência que eu, a cada amanhecer, sou um novo homem, graças às tentativas de seguir os ensinamentos de Jesus. Eu não permaneço o mesmo nas minhas opiniões porque sou oriundo de uma Inteligência Superior que também se expande a cada momento. Eu faço crônicas, nunca espelho da verdade, pra satisfazer a mim próprio e, quem sabe, a terceiros. É uma terapia de valor inquestionável. Talvez aos insatisfeitos dobro o espaço em direito de resposta, como diria Zaqueu. Quando afirmei que a ICAB fazia casamentos gays é porque assisti num noticiário, há muito tempo, que um padre de tal denominação havia realizado tal casamento, nas cercanias de Uberaba. Se foi anulado o ato ou o padre expulso eu não sei, mas isto é outro fato.
Tenho amigos de convivência gays e tenho certeza que a Graça de Deus os alcança com mesma medida.
Quanto ao rigor nos seguimento dos mandamentos de Deus lembro-vos que o perdão é uma medida incontável o que no-lo anunciou o mestre apenas setenta vezes sete.
Quanto a não procurá-lo basta não se perder.
Passe sempre muito bem e que Deus continue iluminando esta tua jornada. Mais uma lembrança de seu “suposto” Mestre: do alto da cruz, em sofrimento máximo, ainda pediu o perdão aos algozes porque não sabiam o que faziam. Será que eu sabia?
sábado, 7 de março de 2009
Um pequeno poema pra não passar em branco, mas continua pouco!
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
MULHER: PRIMEIRA LIÇÃO DE POESIA
DE QUEM QUER SE CONSAGRAR UM DIA
COMO FILHO, NAMORADO OU VERSEJADOR.
ELA É MUSA QUAL O INDEFINÍVEL AMOR.
DEIXA CONFUSA A CABEÇA MASCULINA
COMO FÊMEA AO NÃO DOBRAR A ESQUINA.
ALMA GÊMEA POR TODA UMA VIDA,
PÉROLA RARA, DO VENTRE DIVINAL RECOLHIDA.
PRIMEIRO AMOR QUE AOS OLHOS NOS SALTA,
É SUBLIME ESPETÁCULO NA NOSSA RIBALTA,
É O TIME DE TORCIDA INCONDICIONAL,
É A BENDITA ETERNA ESMAGADORA DO MAL.
EXALTAR ESTE SER APENAS NUMA DATA MERA
É NÃO TER O DIREITO DE TODA A PRIMAVERA,
MAS SE EXISTE UMA SEMANA INTERNACIONAL
LISTE OITO DE MARÇO, SEU DIA SIMBÓLICO.
UMA FLÔR OU UM BEIJO OU UM SORRISO É O TAL
DO PREÇO ACEITO E PRA ELAS MAIS LÓGICO
PRA SE TER UMA DELAS AQUI NESTA TERRA.
SÓ O INFINITO COM ELAS SE ENCERRA,
MAS DIGAMOS BEM FORTE A DEUS NESTE DIA: VALEU!
sexta-feira, 6 de março de 2009
Pouca homenagem àquele que muito retrata!
Será um ator?
Será um guerreiro?
Será um dom Juan?
Será um doutor?
Será um patriota?
“Eis que se fez servo e habitou no meio de nós.”
MEMÓRIA FOTOGRÁFICA
“Uma imagem vale mais que mil palavras”
Eis a prova: Este meu texto tem mais de mil palavras.
A imagem em questão é a que consta da página anterior deste álbum. Trata-se de uma fotografia amadora tirada de máquina moderna, pois é datado na própria emulsão em dezesseis de agosto de um mil e novecentos e noventa e oito, provavelmente um domingo. À primeira vista, pela folga que abraça o Senhor em leito esplêndido, é feriado. Poderia ser o Dia dos Pais, mas matematicamente é impossível, pois tanto o “Dia dos Pais” quanto o “Dia das Mães” só acontecem entre o dia oito e quinze. Um calendário antigo ou um novo montado indica que este era o terceiro domingo de agosto daquele ano. Será que o calendário da máquina estaria desatualizado? Provavelmente não, pois o lugar está meio que deserto e, parecendo ser o Parque da Cidade de Brasília. Está um tanto quanto vazio para um dia festivo nacionalmente ou local. O que leva à conclusão que deve ser o Parque da Cidade é um pedaço de cobertura em alvenaria, que se apresenta quase saindo do campo ótico, no canto superior esquerdo do quadro imortalizado. Poderá ser um banheiro ou uma churrasqueira. A afirmação técnica mais aprofundada que o compromete como o Parque da Cidade de Brasília é a vegetação rala e torta, típica do cerrado e que se faz presente além da cerca. Outro fator interessante é que um monumento de concreto, com uma grande base, aparece bem definido na imagem. Aparenta ser uma ducha dupla muito utilizada pelos usuários de tal recanto de recreação. Tal obra se faz mister devido os baixos índices da umidade relativa do ar na Capital Federal. Por ser agosto, mês em que, às vezes, até suspendem-se as aulas em todos os estabelecimentos públicos de ensino, pois crianças são as estrelinhas, pode-se notar que a primeira metade inferior do obelisco aparenta estar molhada. A mudança do tom marrom para o mais escuro parece ter sido obra da dona água. A água molhou alguém, mas não nosso principal personagem que se apresenta sequinho e à sombra. É meio-dia ou próximo porque as sombras estão pequenas aos pés dos objetos que a formam. Além do quê, o Senhor tranqüilidade aparenta estar tirando um cochilo vespertino que, de costumeiro, virou obrigatório após as refeições de tantos anos. Não está dormindo porque o seu estilo é “batatinha quando dorme se esparrama pelo chão” e ainda encontra-se com a perna direita dobrada para o alto, formando o quatro com a esquerda esticada no gramado. A espessa cobertura vegetal, que utiliza como sombra, vez por outra, apresenta falhas que permitem a intromissão de raios fúlgidos solares. Tudo indica que o Senhor tem algum problema nas vistas, pois em uma posição, tão pouco confortável, proteje a ambos os olhos com ambas as mãos. O sol é rápido para encontrar brechas. Ele poderia estar acordado e se escondendo do flashe? Não, meio-dia externo dispensa luz artificial. Poderia querer não sair na fotografia? Nada disso, está sendo feita uma surpresa ou “pegadinha”. O par de é da Nike. Pode ser verdade, pois um desenho parecendo um sinal de “certo” aparece riscado de azul o tênis branco, inclusive indica o bom gosto e o nível social desta figura saudável. Os tênis foram tirados e um serve de travesseiro para o membro inferior esquerdo. Aparenta ter uma “barriginha” proeminente, pois está todo estirado e a mesma continua um pouco volumosa. Deve ser calvo no frontal ou coronal devido ao uso de um boné. A existência de tal boné só é notada com uma boa observação de pequena parte da aba que aparece. Sua cútis é bem branca e até parece que a pele é aveludada e nada flácida. Este homem de cabelos brancos não aposentou porque num dia de folga carrega uma “polchete” muito cheia. Deve ter mania de esquecer a dita cuja por onde anda e por isso não a desafivelou da cintura para ficar ainda mais à vontade. O fotografado se apresenta alinhado, talvez por ser uma comemoração familiar, pois não tem ares de ser exigente consigo mesmo e nem de que alguma função o exija. A camiseta branca de doer encontra-se por dentro da bermuda cinza. Existe algo estampado na frente e deve ser a respeito da promoção da Paz, pois a Capital não está de brincadeira há muito tempo. Tudo indica que quando pôr se de pé irá apanhar um copo descartável também jogado ao gramado. Existe um buraco parecido com a meta daqueles velhotes milionários que jogam golfe acima da sua cabeça, mas não é um campo de golfe, pois a sequidão é notada aqui e acolá e quem pratica tal esporte alimenta o gramado muito bem e em plenos desertos. Na sua cabeça deve estar passando o vexame da recente Copa do Mundo, acontecida na França. Parece que ele assistiu a todas as copas desde a de cinqüenta contra o Uruguai. Foram vexames diferentes, sendo a última um tanto quanto amarelada. A idéia de que ele gosta de futebol faz sentido se observar no pé da fotografia, num alinhamento com o buraco já relatado, aparecem indícios da existência de outro buraco. Ambos podem ter sido utilizados para colocar umas traves e até um travessão transformando-se numa meta ou gol. Nosso personagem é do tempo em que goleiro era chamado de guarda-metas. A posição do nosso único personagem, acreditando existir ali um gol, parece de um guarda-metas que levou um frango e se debate, horrorizado consigo mesmo. No caso verdadeiro ele deve ter engolido um frango mesmo. Comeu antes de todo mundo e dali a pouco os netos, fora do foco da objetiva, invadirão seu espaço: Ele vai ser cavalinho, vai ser goleiro, bobo, vai ser tudo, inclusive será sujado e “melecado” de balinhas, sorvetes e, os pais então, neste particular dia, poderão curtir as mães. Ele irá sorrir em quaisquer umas das situações acima descritas. Este texto tem um pouco mais de mil palavras, mas quem conhece este avô poderá imaginar muito mais, e o fará bem ao afirmar que ele está comemorando, por antecipação, já que possui mil e outras utilidades, o DIA DO FOTÓGRAFO, comemorado a cada dezenove de agosto de cada ano. Dificilmente ele aparece em fotografias porque esta arte sempre merece ser executada por ele, o especialista. Além de tudo, a sua memória também é fotográfica e nos depõe histórias fantásticas para frasear o que se ficou registrado pra sempre no negativo bem guardado. A propósito, a foto foi bem tirada, porque os truques são ensinados a todos aqueles que o cercam.
VALEU, FOTÓGRAFO JOÃO BATISTA FERREIRA BORGES.
(Adaptação da propaganda da Fotoptica na “Folha de São Paulo” em 19 Agosto 1998.)