quarta-feira, 29 de abril de 2009

A rola com o tucano



JÁ COMI PASSARINHO FRITO

Eu conto uma história que a todos os ouvintes causa repulsa e, admito, dá vontade de replicar: “- É mentira, Terta?”
Por mais absurda que pareça, durante minha infância sem-limites, tive vários estilingues, mas nunca abati um só passarinho, aliás, um “teziu”.
Na verdade, olha a mentira, minha pedra iria passar por sobre a cabeça dele, mas ele deu aquele pulinho e foi de encontro à pedra. Sua morte foi um suicídio, pelo menos esta é minha atenuante.
Meu amigo Celso era um exterminador, outra suposta mentira, ele matou duas rolinhas com uma pedrada só, uma que estava no arame farpado e outra no chão, na continuidade da trajetória da pedra.
Tenho muita admiração pela Mãe-Natureza, apesar dela engolir todos os seus filhos, e faço ao meu alcance tudo por ela, inclusive repasso todos os e-mails onde a mesma seja favorecida.
Na edificação da minha casa, a duras penas, mantive uma laranjeira, principalmente porque haviam ninhos e frutos adocicados.
Hoje, que lindo, há uma revoada de tucanos pelos nossos terreiros; até araras sobrevoam nosso território. Os tucanos, predadores de ninhos, estão agora voltados para os mamoeiros.
Lembrei-me do PSDB que, como tucanos, querem mamão-com-açúcar, inclusive irei pesquisar o porquê de um bando de políticos se arvorarem com um símbolo de uma ave tão formosa: Serão bicudos? Não alcançam grandes vôos? São vorazes? Vivem de aparência?
Sei que as aves estão em festa e eu fui convidado a participar, então deixo bananas expostas para azulões.
Até um rolo de fio, feito reserva, de Internet, que deixei para conexão de note-books, as rolinhas fizeram de maternidade impedindo as conexões.
Pombos e pardais, os amigos mais fiéis, também participam da festa, mas achamos beleza apenas nas visitas extemporâneas.

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