quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Terra Natal ou Natal longe da terra?


SOMOS TODOS FARINHA DO MESMO SACO

É Natal. Uma palavra tão pequena, mas de grande significado. Indica o nascimento do Menino-Deus. Como em todo nascimento nasce também uma esperança. É uma época de fartura ou pelo menos devia ser. Os corações humanos se aquebrantam e ficam cheios de Paz. Os necessitados invadem as ruas com suas inúmeras “Caixinhas de Natal”. As famílias de reúnem com banquetes jamais vistos no transcorrer do ano. É chegada a hora de o comércio vender bem. Cada pessoa vai às compras dos presentes de seus amados ou queridos. Vive-se feliz. Mas é assim em todo o mundo? Não, claro que não. Quantas vezes choramos a ausência da reunião em família. Uma mãe é a pessoa mais sofrida com um filho ausente. Apesar de estar escrito nas Sagradas Escrituras que o “O homem e mulher deixarão pai, mãe e irmãos e se unirão formando uma nova família” não é lícito que os familiares ascendentes caiam no esquecimento. Quantos “25 de Dezembros” foram descoloridos sem a presença de toda a família, principalmente da mãe? Ainda bem que o povo nordestino, portador da saga de procurar uma terra prometida, é forte e foi cunhado para uma cruz mais pesada.
Quando num interior, chamado de sertão, uma choupana acolhe uma mãe com muitos filhos jogados à própria sorte não é sinal de abandono do pai, mas culpa de alguém ávido por um lucro desmedido que aprisiona o pai das crianças numa rotina de trabalho cativeira. Bravas mulheres de nomes marias, franciscas e infelizes severinos e raimundos “orelhas”.
Se a vitória ou o “vencer na vida” acontecer a algum dos nossos peregrinos ele retornará aos “abandonados” ou acolherá os que chegam às pencas da “Terrinha”.
Não é o caso enumerar as causas que nos impediram, esse tempo todo, de irmos curtir o Natal em Família, pois já choramos muito por isso e pedimos perdão à nossa mãezinha.
Este só não é o Natal mais feliz de nossas vidas porque sabemos que lá fora muitos irmãos padecem sem medida, mas peçamos ao Senhor Jesus que transforme cada manjedoura ou palácio governamental num reduto de uma Sagrada Família e que nos dê forças diariamente para que, com responsabilidade, tornemo-nos sobremaneira salvadores de toda família ao relento, pois uma família ao relento nos deu Nosso Salvador.

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