quinta-feira, 17 de junho de 2010

Professor faz falta.



Grave

Das poucas coisas que lembro /De um passado que me esfola / É quando chegava dezembro / E ‘‘curtia’’ as férias da escola. / Os professores eram nossos artistas; / Até sonhávamos em sê-los; / A qualquer aluno da lista / Um diretor erguia-lhe os pêlos. / Hoje, tempos do vil erário, / Apenas mercenários, jamais mestres. / Professores de um teatro de horrores, / Se ajuntando aos cafajestes. / Nenhum salário será justo, / Pois educação não tem preço e custo. / Contente-se com gratidão e amor, / Verdadeiro educador. / Você sabe que o país não vai bem / E em muito está reprovado. / A culpa de onde vem? / Daquele que o tem ensinado. / A grave greve como direito / É um entrave em todo peito. / Quando se atreve e vêm à tona /Muitos planos desmoronam. / O sonho de qualquer remunerado / É merecer sempre mais, / Mas quem os tem governado / foi eleito ou ensinado por tais.

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