segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Já que é tempo de poesia


A arca que não é

O mundo imundo e errabundo aos olhos cai.
Para a lama se esvai. Pára a lama! (dissabores)
Corrupto ou corruptor são ininterruptos cassadores,
São da bancada – que mancada – saltimbancos relatores.
CPI, CP VAI, CP CHEGA, CP CEGA, CP NEGA.
Navegar é preciso e na nave não há juízo.
A Procuradoria, com sabedoria, procura a Corregedoria...
Ia... Ia... Ia... O rio seca e transpõe o monte...
Vira estrada e o supremo aponta o super remo.
O Senado, ainda blindado, bóia sem horizonte!
A imprensa prensa o que pensa, mas não pensa.
A manchete mancha e se repete... e some...
... Outra notícia a consome: A polícia pega o pó e alicia.
O Congresso digresso é salvo do réu-confesso;
O presidente, água ardente, não presente;
O povo armado, de novo estorvo, na urna labuta;
A Câmara dos Deputados...

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