quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tempestade no barco


Louco poeta

Ouvi um trovão celestial... Meus parcos estudos não puderam sentenciá-lo como estratosférico ou cromosférico, mas presente na altura das nuvens negras que se dissipavam sobre nós. Iria demorar a precipitação, pois o Eoles pouco colaborava. Era seu dia de marasmo. Apesar de incentivado pelo relâmpago ligeiro e audaz o vento se aquietava frente àquele mero curisco local.
Cidadãos tremiam temendo a tempestade, mas nuvens brancas povoavam um cinturão abaixo do reboliço. Estas mocinhas em forma de pluma brincavam de metamorfose e estátua. Movimentando sorrateiras vi uma nuvem floquinho transformar-se numa arraia de boca aberta. Com um pouco de movimvento transformara-se numa cabeça de cachorro que tinha uma careta de um olho só abaixo. Parece que um jacaré negro engoliu as nuvenzinhas e transformou-se numa massa cinzenta. As árvores mais altas sustentaram um balanço com frequência e amplitude modulada.
O tempo mudou. Abriu-se os cantos dos pássaros, pois era chegada a hora do recolhimento da pequena fauna. A fauna é medicamentada pela flora? Quem é o manipulador? As andorinhas são as últimas a se aninhararem. A fumaça provacada pelos cigarros é recusada pelos bichos enquanto envermelham dodos humanos com um sarro total.
Tocou-se o sinal do jantar e fui.
Choveu muito sobre o sanatório.

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