quarta-feira, 7 de abril de 2010
À minha sogra, do fundo do coração!
Pessoa Nhenta
A bebida não faz bem,
Alucina-nos a droga,
O pior mal porém
É a língua de sogra!
Já fui lá no camdomblé
E também na sinagoga.
Já perdi toda minha fé
Por causa da minha sogra!
O meu sogro tem a salvação
Dos santos até com sobra,
Mas vou vê-lo no caldeirão
Se no Céu entrar minha sogra!
Já treinei ser amigável
Praticando até ioga,
Alfa ou Zen é impenetrável
Quando penso na tal sogra!
Bato na sogra e mostro o pau.
Pago um genro que advoga.
Posso até me dar mal,
Mas me aplaude o da toga!
Dizem que umas são mães,
Mas é tudo mão-de-obra.
Hoje te protege como os cães
E amanhã pica-te a cobra!
Ela fala pra caramba,
Sua voz não me dá folga.
Ela dança até um samba,
Mas pra mim ela não dobra!
Mais de oitenta ela tem
A última velinha não assopra...
Vou cantando Parabéns
E minha raiva é quem prorroga!
A velha é bisbilhoteira.
Como criança ela interroga.
Minhas artes e brincadeira
Uma a uma ela cataloga.
Ela me chama Iscariotes
E com meu beijo não empolga.
É a Dalila do meu corte
Amargura que me afoga!
Olha tudo o que faço
E o que não vê ela interroga.
Se me pede um abraço
Sei que nisto tem manobra!
Ela se diz minha amiga,
Mas verde é o que mais joga.
Ela gosta de intriga,
Valha-me Deus da minha sogra!
Não abra grande sorriso,
Fica sério e dialoga.
Quero dar-te um aviso:
A sua mãe pode ser sogra!
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4 comentários:
Hahaaahuahu! Excelente! Realmente ter intimidade com as palavras é um dom. Parabéns de novo.
como sempre vc sendo inteligeente ,bem humorado mas sem faltar com a informaçao (utilidade publica )rs,kk
Mais uma bela obra aristeuniana.
Os textos do Aristeu, como sempre, fazem sucesso aqui em Brasília. Para alguns, como eu, são verdadeiro remédio.
Acho que o poeta deve blogar mais. Por que não fazer o poema diretamente no blog? Uns dez por dia seriam suficientes para curar nossos males.
BOOOOOOOOOOOOOOOOOua... muito booooooooua!!!
rsrsrsr
bjs
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