segunda-feira, 19 de abril de 2010
Doce pesquisa
Cada poesia tem uma história além dos versos apresentados. Estes versos foram feitos sob medida à uma doce amiga. Ela, em monografia de Doutorado em Biologia, precisava de incentivo. Ela tentava domesticar a árvore do cerrado para torná-la cultivável na agro-indústria. Fui testemunha das noites mal dormidas e também mal acordados. Ela conseguiu seu intento ajudada por amiguinhas bactérias, às quais apelidei de Donas Quitérias.
Araticum
Cai a noite e aranha assanha
Estende a teia e aguarda a ceia,
Por certo insetos ela apanha,
Pois o araticunzeiro vira uma aldeia.
Um mundo à parte que destarte
Lança na vizinhança perfume de sedução.
Esquentam-se as flores, ardem amores
E vira uma festa – A reprodução!
Sob o luar, desde a eternidade,
A pinha do cerrado é o lugar com tudo
De se alimentar e polaridade,
Mas é projeto e objeto de estudo!
O seu genoma ímpar e servil
Com seu aroma presente e forte
Renoma doutores em sabores mil
Por ser mais que versátil e de porte.
O fruto, a polpa, a baga, as folhas,
Em absoluto não se poupam escolhas!
É uma mina – É vitamina ou uma batida
Sendo como Cristo – comida e bebida!
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