domingo, 12 de fevereiro de 2017

Não é?



Não é, Nilton Junior Fazarte?

A tecnologia é mais que demais! Como facilita a vida de nós, simples mortais!
Lembro que, na década de oitenta, trabalhando pelo Exército, na Amazônia, demarcando reservas indígenas, era necessário acampar, durante três dias na selva para, com equipamento de GPS, chamado Magnavox, coletar dados que levariam à determinação das coordenadas do ponto.
Sem contar a aventura que era para chegar no local. Um helicóptero da FAB pairava no local e dois militares desciam por rapel, com motosserra, gasolina e algumas ferramentas, o mínimo necessário para abrir uma clareira que permitisse o pouso da aeronave. O helicóptero, normalmente sem muita autonomia de voo, principalmente pela carga limite, voltava para a base e aguardava, via rádio, a ordem para levar o restante da carga necessária para o cumprimento da missão.
Um helicóptero caiu, certa vez, em época de cheia dos rios, e a equipe ficou quatro dias isolados, até serem encontrados, com água pelos joelhos.
Além de se ficar três dias, gravava-se uma dezena de fitas cassetes para que fossem processados os dados em grandes computadores.
Hoje, não mais que trinta segundos, são suficientes para se determinar estes pontos geodésicos, na hora.
Para facilitar, GPS hoje, é também componente de celulares e derivados e serve de carcereiro de prisioneiros nos lares.
Este androide, príncipe da comunicação, pra mim, é o maior acumulador de invenções do planeta. Não existe algo mais útil e ainda acumulará outras praticidades que se despontam. Com seus inúmeros aplicativos atende a todas as categorias, sendo inclusive, passatempo e ensino, um atrativo sem igual para as crianças e jovens.
Ferramenta esta que paralisa, isola, junta, que cala os diálogos presenciais ou denuncia, mas faz parte e muda o mundo.
Escrevi há algum tempo que tal aparelho aproxima quem está distante e distancia quem está próximo, mas é exagero.
Nas mídias sociais conseguimos um milhão de amigos, sonho de consumo do Rei Roberto Carlos, pois bem mais forte podemos gritar neste quintal sem muro.
Eu tenho íntimos amigos virtuais e que nunca estivemos juntos pessoalmente, mas o caráter, a decência ou a simpatia são reais, assim como os antônimos que vão sendo bloqueados paulatinamente.
Não é? Nilton Junior Fazarte?

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