domingo, 6 de janeiro de 2013
Sábado-Feira em Goiandira
VAMOS BOTAR BANCA
Sempre encontrei nas feiras livres um lugar de passeio, trabalho, compras diversas e, acima de tudo, diversão. Recordo aqui então da maneira irreverente dos feirantes do Bairro de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. Era uma graça sem fim conforme anunciavam seus produtos a plenos pulmões. Um dizia: "Ajude um paraíba a tratar de duas mulheres", enquanto o vizinho replicava: "Ajude a mim que quero comprar um carro zero."
Na verdade uma banca de feira, com muito trabalho, permite uma vida de realizações. Tive um tio que era feirante e, em tenra idade, o ajudava nos fins de semanas. Começou suas atividades com vendas de queijo e manteiga de leite, produtos oriundos da fazenda de seus pais. Com o passar do tempo foi ampliando seus produtos. Em pouco tempo, em troca do meu auxílio, levava pra casa então uma cesta recheada de frutas, verduras e derivados do leite para toda a semana da minha família.
Meu tio, me dava forte impressão, que ele gostaria de me adotar e, se eu pudesse interferir na negociação, ela seria concretizada rapidinho.
Nas feiras livres araguarinas eu carregava as cestas ou empurrava carrinhos por alguns trocados. Vi coleguinhas que retiravam produtos da cesta que carregavam e jogavam no lixo, para apanharem no caminho de volta. Virgemariasantíssima!
Em Goiandira só existe a feira do dia de sábado. Ela começa cedo e termina também muito cedo. Sempre é compensadora. Existe uma mini-banca de doces e geléias que é a minha preferida. São doces artesanais de alto padrão degustativo. Também sou usuário de alguns biscoitos caseiros que tem gosto de quero-mais.
Existe um feirante de frutas e verduras, sempre acompanhado de esposa e filho, que foi quem me lembrou das feiras de Realengo, pois é cheio de graça sem ser Ave-Maria. Para colher sua imagem, ele disse-me que era tão bonito que não precisava de photoshop e, se a vida fosse um "Big Brother", ele seria o líder.
A feira permite que uma infinidade de produtos tenham saída, inclusive amostras de artesanatos, como tapetes confeccionados por presidiários locais.
Bancas de salgados, com ou sem caldo de cana, são "personas gratas" deste horizonte matutino.
Na limpeza do local, logo após a utilização, ainda como milagre, é possível, com o "restolho" fazer sopa para muitos.
Eu até pensei, e vou discutir com a Mocidade Espírita nascente, em botar uma banca da Caridade ali. Poderíamos vender artesanatos, recolher donativos, distribuir mensagens e tudo que a criatividade permitisse em prol do nosso próximo necessitado.
Viva a Feira!
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