“Onde houver ofensa que eu leve o perdão”
Durante quase toda a minha vida literária escrevi para poucos. Uma ou outra crônica encontrou espaço em jornais e revistas que se perderam com os ovos da feira ou foram debulhados em banheiros públicos. Hoje a tela é porta de banheiro onde se publica de tudo.
Minha diversão principal infanto-juvenil era ler. Devorei muitos compêndios ecléticos, sem dizer que, na prática, escrevia certo minha história por ruas tortas. Escrevi muito. O nome que davam eram composições e então compus muito. Escrever é uma arte maldita. Ainda hoje é uma profissão, como a de prostituta, que não foi reconhecida. Os escritores se esparramam pelo chão.
A interpretação do que se escreve é que são elas, tanto que se divergem religiões oriundas de um mesmo texto ou caminho, vida e verdade. Certa vez um texto de Mário Prata foi incluído pelo Ministério da Educação em um concurso de validação médica e, o próprio Mario Prata, deu versões diferentes do gabarito, tirou zero.
Hoje temos blogs, flogs, facebook e tantos inúmeros instrumentos para se propagar ideias, fatos, uma história, porém, esta facilidade, nos tem inundado com um besteirol sem tamanho, ainda que esquecendo-se os erros crassos portugueses, aventando-se apenas nas mensagens pueris.
Opiniões descabidas e fomentadoras de objetivos insanos são absorvidas como algo verdadeiro e inquestionável porque ainda, segundo Tomas Hobbes, o homem é o lobo do próprio homem.
A propósito um dedo médio em riste não é para que todos nós tenhamos prazeres sexuais, mas que todos os tipos de males nos acometam... Ou não?