Política é
um mal necessário...
Não adianta
querer ficar de fora ou praguejar até ficar rouco que se sofrerá as mesmas
consequências, sejam malignas ou benignas, que os demais cidadãos participativos.
É uma coisa engraçada na campanha
eleitoral e muito séria depois. Aqueles dos quais debochamos ganham um
passaporte temporário, que vai se eternizando, para gastar a bel prazer nosso
dinheiro suado e difícil, a bordo de um cruzeiro de benesses, inclusive de foro,
incalculáveis.
Não vendo voto e me julgo
suficientemente esclarecido, mas meu voto quase sempre vai para o esgoto. É
verdade que há os que roubam e fazem o progresso acontecer, mas numa marcha
lenta. A riqueza deles vão sempre em ritmo acelerado.
Há algum tempo idealizei e ajudei a
construir um pré-candidato. Realmente alguém capacitado, probo, amante da
evolução social, financeiramente independente, honesto em grau último e que,
com fé e orgulho “bilacquianos”, ama a terra em que nasceu.
Sua personalidade e conhecimento da
causa pública o qualificam para o mais alto grau da política nacional, mas,
ainda quase que um ilustre desconhecido, há de se perigar numa vaga da
vereança, um papel de extremada importância para a saúde do município e da
Nação.
Este pré-candidato a um caminho sem
volta anda, com muita razão, temeroso com seu destino. A porta de entrada da
política está aberta a todos, mas, uma vez lá dentro, é sufocante para os
justos. É um jogo de interesses privados escancarados que manipulam qualquer
placar de votação, mesmo público e notório.
Idealizei uma campanha apaixonante e
quase a custo zero. Deverá ficar nas margens apenas do ideal.
Eu também não me aventuraria a ser
mártir, mas, se eu reconhecer alguém como enviado de Deus, apressaria seu
calvário e, mesmo com piedade, levantaria sua cruz o mais alto que eu pudesse.