quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Para um amigo ateu

Eu não acredito em Deus. Eu enfio a mão no bolso E não encontro nenhum breu. Nesta hora fico grosso E não me encontro em Deus! Minha cruz segue pesada, Não encontro um cirineu, Saúde debilitada Sai de retro tal de Deus! Tem buraco no caminho E estoura o pneu, Derramou todo meu vinho Que não divido com Deus! Eu enfrento autoridades, No meu perfil eu sou ateu, Nos debates tenho qualidade, Devo nada a este Deus! Já avisei minha consorte Que não sou nenhum Romeu, União até a morte Para quem não crê em Deus? Vou ficar adoentado, Vou chegar no apogeu, Mas deixo bem explicado Nasci e vivi sem Deus! Se eu estiver errado Vou juntar-me aos fariseus. Não há perdão deste pecado Que me disse o Aristeu! Que é autor deste poema Com nome de semideus, Que rima em qualquer tema Dando assim o nosso Adeus!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Um texto da Marília


EMENDAS PARLAMENTARES

As Emendas Parlamentares estão previstas na Constituição Federal e são instrumentos que permitem aos parlamentares participarem da elaboração do orçamento anual, visando uma alocação maior e mais eficaz de recursos públicos. O assunto é polêmico: uns as defendem, pois vêem nelas a oportunidade de os pequenos municípios receberem benfeitorias da União, podendo assim dirigir parte de recursos públicos para construção de hospitais, creches, postos de saúde, etc. Para outros as emendas parlamentares representam mais uma ação politiqueira e eleitoreira, além de propiciar ao governo federal negociar com congressistas o apoio a futuros projetos e bela oportunidade de “presentear” os fiéis.
Como as coisas no Brasil não andam sempre por caminhos certos (os parlamentares honestos que me perdoem), muitos se aproveitam deste orçamento para fazer mutretagens. Em 2010, R$ 136,6 milhões foram enviados aos parlamentares. Alguns colocaram a verba onde não têm um voto sequer. As ONGs têm a preferência dos políticos, muitas delas existentes apenas de fachada, tendo seu nome envolvido em fraudes denunciadas por jornais. Precisamos nos interessar mais pela vida política de nosso país e por aqueles que mais têm tirado proveito dela: os políticos. E depende de nós expurgar os “fichas sujas”. Eles visam principalmente acumular fortuna no exercício exclusivo de altas funções públicas. E o povo? O povo que se dane, ora esta!


Marília Alves Cunha
Rua Icaraí, 20 – apto 402 – B. Maracanã
Uberlândia - MG
Fone – 32140374
Email – mariliacunha16@hotmail.com

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O depois e o antes




Estação Cultural Goiandira

No raiar do Século Vinte,
Goiás ouviu um apito de trem.
Tempos novos com requinte
Nos trilhos com destino a Belém!

Sesmaria de Campo Limpo
A Estação Goyandira rebatizou
Como pedra de garimpo
Em jóia a transformou.

Foi elevada então a distrito
E sem demora se emancipou.
Uma independência sem grito
E a Terra Branca brotou!

Lombo de burro não mais,
Fim desta condução,
Para ir mais longe Goiás
Nasceu a Primeira Estação!

O comércio e residências,
Hotéis, pousadas e pensões,
O progresso sem resistência
Expandiu pelos rincões.

O fio com a eletricidade
Chegou e teve nome de Prada.
Muito mais cedo que tarde
O estrangeiro fez morada.

Pessoas ilustres em carros especiais,
Composições de luxo em Maria Fumaça,
A noite não se calou mais
E nem ficou vazia a praça.

Cresceram as flores engrinaldadas,
Mas tudo foi passageiro.
Só se vê cargas pesadas,
Falou mais alto o dinheiro.

O ideal foi submergido
E asas de aço viraram pneus.
No rumo de subdesenvolvido
Projeto de longo prazo morreu.

Pra preservar a nossa memória
O IPHAN sempre se inspira
E pra não cessar nossa trajetória,
De cinzas a Estação Cultural Goiandira.